(Mateusz Slodkowski/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)
Ivan Padilla
Publicado em 24 de outubro de 2021 às 09h47.
Última atualização em 24 de outubro de 2021 às 09h48.
Por Danilo Vicente*
A tecnologia está acabando com os empregos! Quantas vezes você já ouviu esta afirmação? Eu já cansei de ouvi-la. E a cada vez sinto um nó no estômago. É verdade que a tecnologia mata profissões e empregos, mas também é verdade que cria.
Um estudo encomendado pelo Youtube para a consultoria Oxford Economics, que a Exame trouxe com exclusividade, mostra que, no Brasil, o mercado em torno da plataforma de vídeos impactou o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 em 3,4 bilhões de reais, gerando 122.000 empregos.
Cento e vinte e dois mil empregos! E estamos tratando apenas de uma das redes sociais mais conhecidas. É um claro exemplos de como a vida muda e a geração de emprego se atualiza. Se você ainda usa o exemplo do telefonista, do vendedor de enciclopédia e do datilógrafo para mostrar como os empregos estão “acabando”, lembre-se do gestor de mídias sociais, do engenheiro de cibersegurança e do influenciador digital.
A geração de emprego é equivalente à perda? Essa é uma conta difícil, porque não necessariamente uma profissão substitui diretamente outra. Mas há inúmeros estudos que mostram o chamado deslocamento de trabalhadores, algo diretamente relacionado ao grau de escolaridade do profissional.
No Youtube há cerca de 2.000 canais com mais de 1 milhão de inscrições – e acima de 100 mil inscritos são mais de 20 mil canais. Estes canais, hoje em dia, têm equipes dedicadas, ou seja, geram empregos, no plural. Mas as 122.000 vagas criadas em 2020 englobam também aqueles que sozinhos levam adiante seus canais.
O que importa é que a tecnologia é boa por muitos motivos, inclusive para a geração de empregos.
*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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