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Tania Cosentino: Adoção massiva de IA faria PIB avançar 4 pontos até 2030

Principal executiva da Microsoft no Brasil falou à Bússola sobre a pandemia, mercado de tecnologia e mulheres

Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil. (Divulgação/Divulgação)

Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil. (Divulgação/Divulgação)

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Publicado em 11 de junho de 2021 às 19h07.

Última atualização em 3 de novembro de 2022 às 19h47.

Por Bússola

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Um estudo realizado pela Microsoft mostra que se houver no Brasil uma adoção em larga escala de inteligência artificial nos diferentes setores da economia seria possível ter um ganho de até 4 pontos percentuais no PIB até 2030.

Em entrevista à Bússola, Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil falou sobre o papel estratégico da Microsoft durante a pandemia, sobre a falta de mão de obra qualificada para tecnologia no país e sobre a necessidade de buscar mais inclusão e diversidade no ambiente corporativo. Tânia está à frente da subsidiária brasileira de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo desde janeiro de 2019.

Segundo ela, além da inteligência artificial, a tecnologia pode colaborar com o crescimento da economia de várias outras formas. "A tecnologia traz respostas para desafios importantes da economia, da sociedade e para o planeta. Há soluções para que as empresas sejam mais produtivas. Hoje, todas as empresas são empresas de tecnologia."

Com o 5G, diz, essa tendência deve acelerar. "Isso transforma a sociedade."

Mas as mudanças trazem, por outro lado, uma pressão adicional para o mercado, que precisa de profissionais qualificados para atender a essa demanda crescente. Segundo a executiva, existem hoje mais de 100 mil vagas em aberto na área. "Temos equações que não fecham. Há um jogo de movimentação dos mesmos talentos. E limitamos a capacidade de crescimento das indústrias."

Ela aponta um paradoxo desse mercado com os 14 milhões de desempregados no Brasil. "Sabemos que a inteligência artificial vai eliminar e transformar outros milhões de postos de trabalho. Vamos ter pessoas com baixa qualificação que não vão conseguir vagas de maior qualificação. Porque os novos postos criados terão novos requisitos. Precisamos ter uma mobilização do setor público, do setor privado e da academia para requalificar esses profissionais e não criar um problema social", afirma.

Tânia trata também da necessidade de incorporar mais mulheres ao mercado de tecnologia. Segundo ela, os treinamentos na área costumam atrair um público masculino, e as mulheres não chegam a 20% desse mercado. "E não é só trazer a mulher. É preciso eliminar o gap salarial. A mulher branca ganha 20% menos, e a mulher negra 40% menos."

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