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Sua Lilica e Tigor não serve mais? Use como crédito para comprar uma nova

Parceria com a Enjoei, no projeto Re-conta, já vale em oito lojas cadastradas e, para o próximo ano, o projeto é de expansão

Marca é a primeira de vestuário infantil a atuar em parceria com a Enjoei (LILICA&TIGOR/Reprodução)

Marca é a primeira de vestuário infantil a atuar em parceria com a Enjoei (LILICA&TIGOR/Reprodução)

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Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 19h16.

Pensando em ressignificar peças sem uso e em prolongar o ciclo de memórias em moda infantil, a Marisol S.A criou o projeto Re-conta e, depois disso, fechou parceria com a Enjoei, maior plataforma C2C do Brasil. A iniciativa lançada em dezembro do ano passado é garantia de crédito em compras futuras para responsáveis de crianças que levam roupas usadas em bom estado das marcas Lilica e Tigor de volta às lojas físicas cadastradas. Com isso, a empresa busca valorizar e fidelizar os clientes. Estima-se que a cada peça que retorna à companhia é gerada uma economia média de R$ 39,00 para utilização em futuras compras.

Desde 2020, a rede de lojas Lilica&Tigor cadastradas já passou de três para oito em São Paulo e Campinas. A proposta é seguir ampliando esse número em São Paulo e para as demais regiões já em 2022, tendo a tecnologia como aliada. A landing page atua como captadora de interessados no projeto nas suas cidades através de um campo de cadastro. O objetivo é coletar informações de onde há potencial para as novas lojas de troca através de um mapa de calor de interesse alimentado pelos clientes. “Isso vai nos ajudar a dar a velocidade correta ao projeto envolvendo futuramente também os franqueados”, diz Giuliano Donini, presidente Marisol S.A.

A dinâmica da troca funciona assim: ao comprar uma roupa das marcas Lilica e Tigor com a etiqueta Re-conta, o cliente já sabe que pode usá-la e retornar com a peça íntegra para uma das lojas Lilica&Tigor participantes do Re-conta, localizadas em São Paulo e Campinas. Cada peça tem um “período de vigência” especificado no verso da etiqueta indicado até quando a roupa pode retornar à Marisol S.A. Ao levar a peça, ele recebe 30% de crédito sobre o valor de tag da peça usada. Por exemplo, se a peça que está retornando à loja custou R$ 100,00, o cliente receberá um crédito de R$ 30,00 válido na hora da troca para resgatar na compra de outro item.

Todas as peças lançadas a partir da coleção Primavera-Verão 2020 já contam com a etiqueta do projeto para melhor orientar o próprio cliente e equipes das lojas, mas há peças sem identificação que também podem ser trocadas mediante avaliação dos vendedores. As roupas que retornam à marca passam por processo de curadoria e, após, são direcionadas para a lojinha do Re-conta no Enjoei que hoje conta com mais de 400 peças.

A Marisol S.A é a primeira marca de vestuário infantil em parceria com a Enjoei, plataforma que hoje tem 1,5 milhão de compradores, 22 milhões de visitas no site por mês, 8,5 milhões de usuários e dois milhões de vendedores. “Desde o início dessa iniciativa, conseguimos notar um aumento do valor percebido pelo cliente, que consegue ver o seu dinheiro valer mais, o que leva a um incremento de vendas e aumento no ticket médio ao saber que as compras de agora podem representar economia na aquisição de uma nova roupa do mesmo valor”, declara Donini.

A ideia do movimento é incentivar novos hábitos, expandir a vida útil das roupas e permitir que as pessoas entendam o efeito sistêmico de suas ações ao participar da economia circular. “Durante a infância, roupas são companheiras rápidas demais, que se acumulam e deixam de servir. Porém, mesmo no tempo curto, se tornam parte das nossas lembranças. Com o Re-conta criamos outros ciclos para novas memórias, em busca de um mundo mais sustentável, responsável e em constante transformação para as crianças”, diz o presidente.

A Marisol S.A quer criar um ciclo de longo prazo com o consumidor, que é protagonista dessa história. “Oferecemos a ele a liberdade de retorno, bem como a decisão de usar seu crédito em qualquer produto, de qualquer valor, em nossa loja. Sem amarras e de forma transparente”, afirma Giuliano.

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