Ubiratan Sá, CEO da Mush (Rogerio Junior/Mush/Divulgação)
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Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 15h00.
Os fungos estão cada vez mais no topo da lista de novas matérias-primas utilizadas por negócios voltados para a sustentabilidade. Entrando na onda do micélio, parte dos fungos que tem capacidade para formação de estruturas sólidas, a startup Mush propõe uma solução para o uso de plástico e isopor em embalagens diversas.
O produto, o Mush Pack, é 100% biodegradável e teve aumento de 110% nas vendas em 2024. O objetivo da startup é quintuplicar esta porcentagem de crescimento em 2025.
No Brasil, os resíduos agrícolas totalizam cerca de 750 milhões de toneladas anuais. O uso de isopor é consumido em volume próximo das 36 mil toneladas. É na dinâmica entre esses dados que surgiu a proposta de valor da startup.
“O uso e descarte de plástico e isopor precisa mudar com urgência. Já estamos vendo impactos que podem se tornar irreversíveis para o meio ambiente, uma vez que estes materiais levam séculos para se decompor, poluindo os oceanos e solos. O micélio é a próxima revolução da matéria-prima surgindo como uma solução sustentável e ecológica”, explica Ubiratan Sá, CEO da Mush.
Por meio da biotecnologia, a startup transforma resíduos agrícolas em um material sólido e resistente, com a vantagem de ser biodegradável quando recolocado no meio ambiente.
O micélio se degrada de forma natural e rápida (até 90 dias), quando em contato com o solo ou água, o que elimina o impacto ambiental. O cultivo utiliza menos recursos naturais e energia, é negativo em carbono e promove economia circular.
“Estamos oferecendo uma opção sustentável ao futuro das embalagens, com um produto que atende às necessidades do mercado e do consumidor, e também ajuda a preservar o planeta para as próximas gerações”, reforça Sá.
Para 2025, a empresa aposta no lançamento de novos produtos e procura nova rodada de investimento para aquisição de ativos.
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