Para especialista, essa tendência veio para ficar (Hispanolistic/Getty Images)
Plataforma de conteúdo
Publicado em 15 de abril de 2025 às 07h00.
As redes sociais já somam mais de 144 milhões de usuários ativos no Brasil, 66,3% da população, segundo a We Are Social. E se foi o tempo em que elas eram apenas espaços de interação e entretenimento.
Hoje, as redes sociais estão cada dia mais presentes como alternativa mais procurada para o consumidor online. Essa tendência deu origem a um setor próprio: o social commerce.
Instagram, TikTok e WhatsApp são os principais protagonistas dessa transformação, alterando significativamente o comportamento do consumidor.
“Esse crescimento acelerado é impulsionado principalmente pela Geração Z e pelos millennials, que preferem realizar suas compras diretamente nas redes sociais, sem sair do ambiente onde interagem com amigos, influenciadores e marcas” destaca o co-founder da Boomer e especialista em marketing digital, Pedro Paulo Alves.
O conceito integra comércio eletrônico a redes sociais, permitindo que consumidores descubram, avaliem e comprem produtos diretamente nas plataformas.
Diferente do e-commerce tradicional, ele o social commerce se baseia na interação social, recomendações e engajamento para impulsionar as vendas. A vantagem é que a experiência de compra se torna mais interativa e personalizada.
“As redes sociais deixaram de ser apenas vitrines para produtos e se tornaram verdadeiros marketplaces. Hoje, os consumidores podem pesquisar, experimentar e adquirir itens diretamente de uma postagem ou anúncio, sem precisar sair da plataforma”, comenta Pedro Paulo.
“Para as marcas, esse movimento significa mais proximidade com o consumidor e mais oportunidades de gerar vendas de forma direta e estratégica”, explica o especialista.
O sucesso do social commerce está diretamente ligado à força dos influenciadores digitais. Criadores de conteúdo se tornaram peças-chave no processo de compra, exercendo grande influência sobre as decisões do público.
De acordo com um levantamento realizado pela MindMiners em parceria com a YOUPIX, 46% dos entrevistados dizem que se um produto/uma marca é usado por um influenciador, sentem confiança em usar também.
No TikTok, por exemplo, os criadores de conteúdo fazem vídeos virais de resenhas e frequentemente esgotam os estoques de produtos em poucas horas.
“ Isso ocorre porque os seguidores enxergam esses criadores como fontes confiáveis de informação, tornando as compras mais naturais e impulsivas” explica Pedro Paulo Alves.
O social commerce também está democratizando o acesso ao mercado digital. Pequenos empreendedores e marcas independentes agora podem vender diretamente para seu público sem a necessidade de grandes investimentos em plataformas tradicionais.
Pedro Paulo ressalta que ferramentas como Instagram Shopping e WhatsApp Business permitiram que lojistas construam relações mais próximas com seus clientes, oferecendo uma experiência de compra mais personalizada e acessível.
Para o especialista, essa tendência veio para ficar. “O social commerce não é apenas uma tendência passageira, mas uma transformação definitiva na forma como compramos e vendemos. As redes sociais não são mais apenas canais de comunicação; elas se consolidaram como os novos shoppings digitais da era moderna”, conclui.
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