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Segundo semestre deve ser o maior de todos no e-commerce brasileiro

Faturamento nos primeiros seis meses do ano ultrapassou R$ 74 bi, e projeções indicam que haverá recordes de vendas

Datas comemorativas do segundo semestre podem consolidar o maior ano de todos os tempos no e-commerce (Bloomberg/Getty Images)

Datas comemorativas do segundo semestre podem consolidar o maior ano de todos os tempos no e-commerce (Bloomberg/Getty Images)

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Publicado em 8 de julho de 2021 às 16h17.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 16h42.

Por Andrea Fernandes*

Acabo de receber do time da Neotrust o balanço do primeiro semestre do e-commerce brasileiro, e os números continuam me impressionando. Esse foi o segundo maior semestre de todos os tempos para o varejo digital brasileiro digo isso já assumindo que o segundo semestre de 2021 baterá todos os recordes de vendas e faturamento. Tenho alguns indicativos que mostram isso. Vamos lá…

Tenho lido muito sobre a euforia de vendas e da retomada do consumo com a vacinação da covid-19 alcançando índices maiores. Essa expectativa não é só minha o varejo, como um todo, vê esse comportamento e como consequência, o Banco Central. Recentemente, Roberto Campos Neto, presidente do BC, disse que o consumo pós-pandemia deve alavancar o PIB brasileiro em 4% até o fim do ano.

Os primeiros números que chegam mostram exatamente isso. No primeiro semestre, a Neotrust, empresa de Data Intelligence com maior cobertura e monitoramento do e-commerce brasileiro, contabilizou 164,2 milhões de pedidos. O número é bem maior comparado ao mesmo período de 2020.

Foram 135,6 milhões de compras digitais. O segundo semestre de 2020 foi o melhor de todos os tempos até agora, com 164,7 milhões de pedidos faturados mas vale lembrar que as duas principais datas de consumo estão nesse período final do ano Black Friday e Natal.

O que mais me chamou a atenção foi o faturamento. Os seis primeiros meses do ano computaram o maior valor histórico de consumo, com 74,7 bilhões de reais somados. Esse número é 37,6% maior se comparado ao mesmo período em 2020 (54,3 bilhões de reais) e 3,59% ante os últimos seis meses de 2020 (72,1 bilhões de reais).

Assim, observamos o maior tíquete médio da história, de 455 reais. No mesmo período em 2020, esse indicador estava na casa dos 400 reais, e, no segundo semestre, 435 reais.

Mais e mais brasileiros estão confiando no ambiente digital e fazendo suas primeiras compras na internet. Só neste ano, 7,1 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra em algum site do país. Isso equivale ao Paraguai inteiro ou a uma Noruega somada com a Albânia. O fechamento do comércio físico por conta da pandemia incentivou muito o consumo digital. Desde o começo da pandemia, já são mais de 27 milhões de novos consumidores.

As próximas grandes datas serão decisivas para a consolidação do maior ano de todos os tempos do e-commerce brasileiro. Pela frente ainda temos o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal. Os Jogos Olímpicos, que deveriam ter acontecido no ano passado, passaram para este ano e devem puxar as vendas nas categorias esportivas e de eletrônicos, principalmente em televisores.

Nas próximas semanas trarei as categorias que mais fizeram sucesso entre os consumidores em 2021 e o que deve ser tendência para os próximos meses. Se você quiser saber de um dado específico ou informação sobre algum segmento, entre em contato por e-mail que trago nas publicações seguintes, ok?

*Andrea Fernandes é CEO do T.Group

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