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Saúde mental deve ser prioridade na Gestão de Pessoas

É preciso manter um canal aberto e transparente entre as áreas de gestão de pessoas/RH e colaboradores; afinal, empresas são construídas por pessoas

Saúde mental (Pikisuperstar/Freepik/Divulgação)

Saúde mental (Pikisuperstar/Freepik/Divulgação)

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Publicado em 26 de fevereiro de 2022 às 15h22.

Por Marcela Zaidem*

Nunca se falou tanto em saúde mental no universo corporativo — e, ouso dizer, que nunca foi tão necessário. Garantir um ambiente de trabalho saudável e acolhedor significa preocupar-se também com a saúde física e mental dos colaboradores.

Os dois últimos anos foram desafiadores em diversos aspectos e a adaptação forçada ao trabalho remoto, somada às incertezas trazidas pela pandemia da covid-19, trouxeram ainda mais insegurança e ansiedade para trabalhadores em todo o mundo.

Por aqui, não foi diferente: uma pesquisa da Microsoft em parceria com a Harris, realizada em 2020, mostra que 44% dos brasileiros relataram sensação de exaustão no trabalho.

Não à toa, iniciamos 2022 com um alerta importante da Organização Mundial da Saúde (OMS): a síndrome de burnout passou a ser considerada uma doença ocupacional. Em outras palavras, recai sobre as empresas uma maior responsabilidade no que diz respeito à saúde mental no ambiente de trabalho. E quem ainda não havia olhado para o tema, está em desvantagem.

Por outro lado, diversas empresas já nascem tendo a saúde mental como um pilar importante dentro da área de gestão de pessoas. Enquanto profissional da área, digo que o primeiro passo é desmistificar os tabus relacionados ao tema. Quando o objetivo principal da cultura organizacional é colocar as pessoas em primeiro lugar, este tipo de debate precisa ocorrer de forma clara, colaborativa e as necessidades do time precisam ser ouvidas.

A Hash, por exemplo, sempre incentivou e proporcionou a prática de exercícios físicos e atividades que contribuíssem para o bem-estar psicológico dos Hashers. A prova disto, é que mesmo no mundo pré-pandemia, práticas como yoga e massagem eram disponibilizadas semanalmente no escritório.

Novas demandas surgem de novas necessidades e com a chegada da pandemia, entendemos que é importante oferecer estes e outros benefícios de forma remota. Implantamos então o auxílio terapia. Na prática, cada Hasher recebe um valor direcionado para a saúde mental e, assim, tem a liberdade de seguir com o profissional escolhido ou, então, buscar um de sua preferência sem se sentir preso(a) a uma plataforma ou restrito(a) pela cobertura do plano de saúde.

Desde a implantação, vimos o número de utilização desse benefício crescer — hoje, mais de 51% dos(as) Hashers utilizam o auxílio terapia e têm seus horários agendados respeitados por todos da companhia.

Além da ajuda profissional, existe uma série de outros fatores culturais que também contribuem para a saúde mental. Permitir horários flexíveis, proporcionar o trabalho remoto, incentivar a autonomia, o colaborativismo e o desenvolvimento profissional equilibrado com a vida pessoal - tudo isso, quando bem combinado, favorece o bem-estar individual e coletivo.

Por fim, é importante ressaltar que os cases de sucesso são aqueles em que as empresas compreendem as necessidades de seu próprio ecossistema. É preciso manter um canal aberto e transparente entre as áreas de Gestão de Pessoas/Recursos Humanos e seus colaboradores. Afinal, empresas são construídas por pessoas, e pessoas precisam de cuidados.

*Marcela Zaidem é Chief People Officer na Hash, fintech do setor de meios de pagamento

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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