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Reabrir escolas vai além do desafio da transformação digital

Inspirar professores e alunos para que vençam a inércia impulsiona o modelo de ensino híbrido que surge e valoriza legado das escolas

No processo educacional, o brilho nos olhos dos alunos é o impulso que vence a inércia (Amanda Perobelli/Reuters)

No processo educacional, o brilho nos olhos dos alunos é o impulso que vence a inércia (Amanda Perobelli/Reuters)

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André Martins

Publicado em 25 de março de 2021 às 20h03.

Última atualização em 25 de março de 2021 às 22h22.

Cada vez mais pertinente, o debate sobre a reabertura de escolas toma conta dos noticiários e das conversas sobre o impasse educacional. A discussão é relevante, obviamente, mas há outras questões que também precisam de atenção.

Uma delas, diante dos desafios e das necessidades do distanciamento social, gira em torno da familiaridade que professores de todo o mundo têm com ferramentas tecnológicas, dado que muitos não são nativos digitais.

Como gestores de educação, temos agora a missão de oferecer respostas que favoreçam não só as soluções para a transformação digital do setor, mas também é essencial investir no processo de desenvolvimento humano. É nosso papel expandir os horizontes desses vocacionados profissionais para que se sintam inspirados diante dos novos horizontes em um mundo de ensino híbrido.

No processo educacional, o brilho nos olhos dos alunos é o impulso que vence a inércia, e, para isto, o engajamento dos professores, alunos e famílias é fundamental. Esta é uma reflexão capaz de expandir negócios no mercado educacional, valorizando-se o legado das escolas.

É fato que muitos executivos em diversos setores já reconhecem a relevância de investir em uma gestão que valorize o potencial humano e o bem-estar de cada colaborador, mas quando falamos dos profissionais de educação precisamos de um olhar mais 360º.

O Brasil é um país muito vasto e diverso e, como gestor e professor, reforço a ideia de que qualidade de vida e bem-estar estão diretamente ligados a outro valor fundamental para nossa atuação: o respeito ao projeto pedagógico.

Na Inspira Rede de Educadores, por exemplo, quando adotamos a visão estratégica de ser a referência em educação, o primeiro passo foi formar uma rede de escolas e educadores de excelência, com atuação nacional.

Hoje, contamos com mais de 50 escolas em todas as regiões do país, investindo em um modelo que oferece soluções pedagógicas e tecnológicas alinhadas com o posicionamento metodológico de cada escola. Isto, para nós, é entregar valor à jornada de professores, alunos e famílias. Investimos em escolas consagradas, respeitando seus legados.

Como plataforma de escolas, a busca pelas melhores práticas de gestão tem de ser o fio condutor de nossas ações. Evoluir cada vez mais nossos processos e expandir as redes de escolas deve ser prioridade. É isso que nos provoca e é o que nos move nesta missão de inspirar educadores a formar uma geração apaixonada pelo conhecimento.

Olhando pelo retrovisor da trajetória da Inspira, em 2017, quando decidimos fundar no Brasil um grupo educacional com valores muito bem estabelecidos, como felicidade, resiliência, justiça, simplicidade, protagonismo, interdependência e curiosidade, já prevíamos chegar longe.

E hoje — com pouco mais de três anos de atuação —, ao nos posicionarmos como um dos três maiores operadores de escolas do país, temos a certeza de que estamos no caminho certo, o que nos inspira ainda mais a crescer e fortalecer o ecossistema de educação no Brasil. Não é fácil! Há muito a avançar e evoluir. Os desafios são inúmeros, mas acreditamos que ao unir tradição, reputação e o legado pedagógico das escolas à inovação, tecnologia e gestão, seguiremos crescendo juntos.

* André Aguiar é CEO da Inspira Rede de Educadores

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