Afinar estratégias é fundamental para aproveitar as peculiaridades deste Mundial (Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação)
Bússola
Publicado em 6 de abril de 2022 às 10h47.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
No dia 21 de novembro de 2022 começa mais uma Copa do Mundo, a primeira a ser realizada no Oriente Médio.
A vigésima segunda edição do mundial acontecerá no Qatar, um dos países mais ricos do planeta, e promete contar com os estádios mais luxuosos que já existiram.
O megaevento atrairá olhares de todo o mundo. São quatro semanas agitadas, com marcas armando suas melhores jogadas para driblar e marcar gols em seus concorrentes.
O pontapé inicial começa agora, com o planejamento de marketing que deve explorar a hiperconexão que o evento traz.
A plateia quer consumir conteúdo, seja na TV aberta, fechada, canais de streaming, redes sociais e afins.
Uma final de Copa do Mundo pode ser assistida por mais de 500 milhões de TVs. Se contarmos por visitantes de cada residência, ou estabelecimento, esse número pode ser quadriplicado. Fora os turistas que já reservaram suas cadeiras nos estádios; já são mais de 800.000 ingressos vendidos na primeira fase de venda.
Organizadores da Copa esperam atrair mais de um milhão deles visitando o maior exportador de gás natural liquefeito do mundo.
Apenas algumas marcas têm o privilégio de participar como patrocinadores oficiais.
É o caso do Crypto.com, aplicativo de troca de criptomoedas com sede em Cingapura, que anunciou a sua participação e tem, pela frente, o desafio de representar a indústria de criptomoedas neste evento histórico.
A Globo já está exibindo as primeiras marcas de seu pacote de patrocinadores. O plano comercial deste ano é independente, negociado separadamente de seu tradicional pacote anual de futebol. Marcas parceiras da Fifa e patrocinadores globais do Qatar têm prioridade nas definições comerciais.
As redes sociais também estão sendo acionadas. A Fifa lançou seu perfil oficial no TikTok para levar, aos fãs, os bastidores do evento, conteúdos criativos, momentos memoráveis e muito mais. O intuito é alcançar adoradores do esporte do mundo todo, de uma maneira leve e diferente, a fim de engajar mais e mais seguidores.
Conteúdo de qualidade é a matada do peito, cabeçada, drible e gol.
Marcas não necessitam estar ligadas ao evento para criarem suas ações. Entretenimento e humor engajam e o que não faltam são ferramentas para criar.
Investir em influenciadores, construção de histórias, memórias; utilizar o humor e as tantas informações acerca das Copas pode, e deve, ser valorizado para engajar o público e aproveitar esse momento de diversão, depois de dois anos de insegurança.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Estado do Qatar e a Fifa firmaram uma série de medidas que serão implementadas no torneio para proteger e incentivar a saúde, promovendo estilos de vida saudáveis.
Eles querem compartilhar as lições aprendidas com o primeiro evento no mundo árabe. Mais conteúdo!
Afinar estratégias é fundamental para aproveitar as peculiaridades deste Mundial que, diferente do último, na Rússia, tem como sede um país com um pouco mais de onze mil quilômetros quadrados, menos de 2% da população russa e é um dos países mais ricos do mundo.
Nestes quatro anos, uma revolução inimaginável mudou o mundo. Pandemia, Guerra, Olimpíadas sem público. Em 2018 não existia TiKTok no Brasil, Stories no Instagram, Marketplace do Facebook brasileiro, recursos de Chatbots, e Inteligência Artificial, IGTV e mais inúmeras ferramentas que hoje utilizamos para a produção de conteúdo.
Gianni Infantino, presidente da Fifa, afirmou, em 2018, às vésperas da final da Copa da Rússia, que aquela foi a melhor Copa de todos os tempos.
Podemos afirmar que essa será a que terá um consumo de conteúdo maior do que todas elas.
Agora é hora de treinar e jogar.
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*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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