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Por que investir no exterior morando no Brasil?

Diversificar a carteira de investimentos considerando o exterior pode ser interessante para quem deseja proteger e aumentar o patrimônio

Investir no exterior pode garantir mais estabilidade e segurança  (fotog/Getty Images)

Investir no exterior pode garantir mais estabilidade e segurança (fotog/Getty Images)

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Publicado em 3 de agosto de 2023 às 11h48.

 Por Felipe Spritzer*

Quando se fala de investimentos, as muitas modalidades existentes representam a oportunidade de personalização e adaptação de acordo com o planejamento financeiro. O que poucos consideram ao analisar as possibilidades é que além da versatilidade entre os próprios investimentos no Brasil, também é possível diversificar o patrimônio ao investir no exterior.

Essa opção tem como atrativos alguns pontos bem relevantes, como a busca por maiores retornos e a proteção do patrimônio por meio de uma moeda forte e mais estável. No cenário internacional existe uma quantidade ainda maior de empresas e iniciativas para investir, o que possibilita maior pluralidade para a carteira de investimentos e ajuda o brasileiro a proteger seu montante de variações do real em razão da economia do país ou até mesmo de decisões políticas específicas. Soma-se ainda às vantagens a possibilidade de abrir uma conta por meio de uma corretora nacional, facilidade cada vez mais difundida e acessível a cada vez mais brasileiros.

Que cuidados devem ser tomados?

Apesar de os investimentos no exterior possibilitarem uma série de vantagens relevantes, é importante destacar a necessidade de avaliar minuciosamente cada decisão. Em outras palavras, se para investir dinheiro no Brasil é importante se informar sobre as melhores opções, com uma quantia fora do país a regra continua valendo. É importante também se atentar a burocracias específicas, como possíveis alterações na Declaração de Imposto de Renda em todo ano, além da necessidade de entregar ao Banco Central um documento específico de bens no exterior. Feitas as devidas considerações e tomada a decisão de investir dinheiro fora do país mesmo morando no Brasil, resta a seguinte pergunta:

Como investir no exterior?

Evidentemente, não é preciso sair das nossas fronteiras para tal, assim como não é necessário ter posse de grandes quantias de dinheiro. Uma opção bastante utilizada são as ações internacionais, ou seja, a compra de ações de companhias estrangeiras por meio de corretoras do exterior. Há também a opção dos fundos de investimento que têm exposição a ativos estrangeiros, como fundos cambiais. Os ETFs (Exchange Traded Fund, ou Fundo Negociado em Bolsa) são outra possibilidade de investimento no exterior. Eles permitem que o investidor aplique seu capital em vários ativos de uma só vez, o que oferece maior praticidade, e é possível recorrer a esse modelo de investimento por meio de corretoras brasileiras e também internacionais.

Além das três opções citadas anteriormente, também é possível recorrer aos BDRs (Brazilian Depositary Receipts, ou Recibos Depositários Brasileiros), que são certificados responsáveis por representar ações emitidas por companhias em outras nações, ao passo que são negociados no pregão da Bolsa de Valores brasileira por todos os investidores. Existe, ainda, a possibilidade de aplicar a quantia desejada em imóveis no exterior e também em empresas, conhecido neste caso como Investimento Estrangeiro Direto.

Como é possível notar, há uma série de oportunidades para investimento no exterior, seja esse investidor mais conservador ou mais arrojado. E depois que o dinheiro é aplicado, cabe ao indivíduo adquirir ainda mais conhecimento sobre o mercado externo – para preveni-lo de instabilidades e possibilitar melhores oportunidades de rendimento –, estar atento ao risco cambial, bem como diversificar seus ativos, de modo que as operações sejam bastante vantajosas. Proteger e aumentar o patrimônio no exterior não é uma oportunidade apenas para pessoas ricas, como muitos pensam. Pelo contrário, o investimento no exterior está cada vez mais democrático e transparente, basta começar.

*Felipe Spritzer é fundador da Portfel

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