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Podcast A+: O retorno às escolas

Episódio debate a volta às aulas no Brasil num momento de recrudescimento da Covid-19 e ainda sem vacinação em massa

Novo episódio do Podcast A+ debate a volta às aulas, que já começa a acontecer em várias partes do país (Bússola/Divulgação)

Novo episódio do Podcast A+ debate a volta às aulas, que já começa a acontecer em várias partes do país (Bússola/Divulgação)

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Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 12h13.

Última atualização em 3 de novembro de 2022 às 19h08.

O novo episódio do Podcast A+ debate a volta às aulas, que já começa a acontecer em várias partes do país. Pelo menos vinte estados preveem o retorno às aulas presenciais para os meses de fevereiro e março. A retomada se dá em formatos híbridos, numa combinação de atividades presenciais e remotas, com protocolos sanitários e esquemas de rodízio entre os alunos.

Nesta semana, tiveram início as aulas da rede estadual de São Paulo, com uso obrigatório de máscaras, distanciamento e apenas 35% da capacidade. A limitação deve permanecer assim pelo menos nos primeiros quinze dias. O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) protesta contra a reabertura e defende o ensino remoto até que a categoria seja vacinada. Na cidade de São Paulo, as aulas nas escolas municipais estão previstas para o dia 15.

Na rede pública do município do Rio de Janeiro, o ano letivo começou com aulas on-line e, a partir do dia 24, terá início um sistema híbrido, com retorno presencial gradual dos alunos da pré-escola e do primeiro e do segundo anos. Já as atividades na rede estadual fluminense serão retomadas em março, mas os colégios já começaram a receber os estudantes para avaliar a situação de cada um. Na rede privada do Rio, a frequência foi alta, com procura maior do que no segundo semestre do ano passado.

A reabertura das escolas num momento de recrudescimento da Covid-19 no Brasil e ainda sem vacinação em massa gera, claro, preocupação. Mas os especialistas alertam para os prejuízos que se acumulam depois de quase um ano de colégios fechados: atraso na aprendizagem, crescimento da evasão escolar e o aumento das desigualdades.

A Fundação Getulio Vargas avaliou o tempo dedicado ao estudo pelos alunos no primeiro ano de pandemia e constatou diferenças expressivas relacionadas à idade e à renda. Alunos de 10 a 17 anos estudaram em média quase duas horas e meia por dia. Para aqueles acima de 18 anos, o tempo diário não chegou a uma hora. Os mais ricos estudaram acima de três horas, ou seja, mais tempo do que a média, que sequer foi atingida pelos mais pobres.

Com mediação do jornalista Rafael Lisbôa, a nova edição do Podcast A+ reúne Alexandre Schneider, presidente do Instituto Singularidades e ex-secretário municipal de Educação de São Paulo; Gabriela Wolthers, sócia da FSB; e Danilo Vicente, sócio-diretor da Loures. Os convidados analisam os modelos de volta às aulas que têm sido adotados no país, os desafios neste início de ano letivo, a necessidade de envolver toda a comunidade escolar no processo de retomada das atividades, o novo papel do professor a partir da pandemia e as lições para o Brasil com as experiências internacionais. A edição é de Guilherme Baldi.

Escute abaixo o episódio, e ainda pelo Spotify ou Apple Podcasts.

 

O Podcast A+ faz parte da plataforma Bússola, uma parceria entre a Revista Exame e o Grupo FSB.

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