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PMEs: quem são as mulheres que empreendem no Brasil?

Entenda por que está crescendo o número de brasileiras interessadas em empreender com pequenas e médias empresas. Uma dica: a pandemia tem a ver com essa história 

Público acessa o Pra>Frente Play, plataforma da Fundação Dom Cabral para empreendedores populares

Público acessa o Pra>Frente Play, plataforma da Fundação Dom Cabral para empreendedores populares

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Publicado em 18 de março de 2024 às 10h00.

A Fundação Dom Cabral tem uma plataforma online para empreendedores populares. E os números, de 2021 para 2023, mostram um fenômeno interessante: o número de mulheres acessando o portal registrou um aumento expressivo. Três anos atrás, elas representavam 40% público. Agora, são 80%

No ano passado, 5.077 mulheres acessaram a capacitação do Pra>Frente Play. Os dados apontam para um crescimento da presença feminina nos empreendimentos de pequeno e médio porte. 

Hoje, as mais de 19 milhões de mulheres donas de seus negócios representam cerca de 45% dos empreendedores do Brasil, segundo pesquisa feita em parceria com o Sebrae.

Quem são as empreendedoras PME brasileiras?

A de Grazy de Castro Kaiser é ex-aluna da capacitação da FDC. A mineira de Belo Horizonte tem 35 anos de idade e começou a empreender durante a pandemia, quando viu a necessidade de complementar a renda da sua família. 

Vendendo salgados para amigos e conhecidos, ela pegou gosto pelo empreendedorismo e abriu sua própria loja na garagem de casa.

Quando foi diagnosticada com câncer, em 2022, ela percebeu que precisava de ajuda e mais instrução. Foi quando procurou a Fundação Dom Cabral.

A gente vai empreendendo na correria e na raça e não conhece muita coisa que serve para nos ajudar, como noção de lucro e precificação”, revela.

Presença feminina cresce, mas os esforços precisam aumentar

Fora do cenário das pequenas e médias empresas, o avanço da igualdade de gênero segue lento. Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), apenas 19,7% dos fundadores de startups são mulheres

Segundo a consultoria McKinsey, elas também representavam apenas 28% dos cargos de liderança no Brasil em 2023.

É evidente a necessidade da intensificação de ações e iniciativas a favor da igualdade de gênero no ambiente corporativo.

Conhecimento para não fechar portas

O Movimento Pra>Frente, da área de educação social da empresa. Objetivo do projeto é gerar desenvolvimento econômico por meio da educação em gestão e empreendedorismo.

Dados do DataFavela, de dezembro de 2023, mostram que 69% das mulheres já encerraram seus negócios por dificuldades financeiras, especialmente dificuldade de crédito. A escola acredita que a capacitação e educação empreendedora podem diminuir essas dificuldades.

Estas mulheres, na maioria das vezes, empreendem por necessidade e acabam sendo responsáveis por grande parte do sustento familiar. Aprender sobre estoque, vendas, organização financeira e gestão de um pequeno negócio é fundamental para que elas possam gerar mais renda com autonomia e dignidade”, explica a vice-presidente da Educação Social, Ana Carolina de Almeida.

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