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Plano da dona da Centauro completa primeiro ano com dívida pela metade e recorde histórico no Ebitda

Planejamento do Grupo SBF rendeu receita líquida de R$ 7,1 bilhões e redução de 62% na dívida líquida

 (Germano Lüders/Exame)

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Publicado em 13 de novembro de 2024 às 14h18.

Última atualização em 14 de novembro de 2024 às 10h08.

Um ano após estabelecer seu atual planejamento estratégico, o grupo SBF, dono da Centauro e distribuidor da Nike no Brasil, observa resultados promissores, que podem comprovar a efetividade da estratégia. 

O plano é, em 30 meses, ajustar as operações e garantir saudabilidade. Na lista de tarefas, encontra-se a redução de alavancagem, o aumento na geração de caixa e a expansão do lucro bruto, líquido e Ebitda. 

Os primeiros doze meses da estratégia, comparados aos doze meses anteriores a ela, já demonstram efeito considerável, com uma receita líquida de R$ 7,1 bilhões – crescimento de 3,9%.

Mas o recorde mesmo veio com o aumento de 34,5% no Ebitda ajustado (excluindo IFRS), que registrou total de R$ 747,7 milhões; e com o lucro líquido ajustado (excluindo IFRS), que alcançou a marca de R$ 388,4 milhões, uma expansão de 164,9%.

Acumulado do ano e terceiro trimestre de 2024

Já no acumulado do ano, os últimos nove meses, o lucro bruto atingiu R$ 2,5 bilhões, com um aumento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2023. Excluindo IFRS, o Ebitda ajustado acumulado totalizou R$ 536,3 milhões, expansão de 35,6%, e o lucro líquido ajustado alcançou a marca de R$ 247,1 milhões, crescimento de 185,8%.

No terceiro trimestre de 2024, a margem bruta passou dos 46,4% do ano passado para 50,3%, expansão de 3,9%. Excluindo IFRS, o Ebitda ajustado expandiu 18,7% e o lucro líquido ajustado cresceu 71,8%.

Houve incremento do percentual de SG&A/ROL, devido ao provisionamento de remuneração variável que não ocorreu no terceiro trimestre de 2023. Segundo o grupo, que segue diligente, sem este impacto as despesas operacionais teriam apresentado redução.

Progresso na redução da alavancagem

O terceiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, foi marcado pela continuidade da redução na alavancagem. Setembro encerrou com uma dívida líquida/Ebitda ajustada de 0,8x – era de 2,8x no ano passado. A geração de caixa foi de R$ 272,4 milhões. 

A dívida líquida passou de R$ 1,6 bilhão para R$ 583,8 milhões, com redução de 62,5%. Em relação ao capital de giro, setembro encerrou com um ciclo financeiro de 129 dias, redução de 55 dias.

A redução dos dias de estoques continua consistente com o plano estratégico da empresa. As mudanças realizadas na frente de recebíveis no ano passado permanecem beneficiando o ciclo financeiro, e não se observa mudanças substanciais nesta frente.

Principais resultados da Centauro

Nos últimos nove meses, as operações da Centauro foram marcadas pela rentabilização das lojas físicas e do canal digital, através da redução dos markdowns e das iniciativas concentradas na maximização do lucro bruto por metro quadrado.

Entre as ações, o grupo destaca a dinâmica de preços diferentes entre lojas, vendas de “combos” e expansão da categoria de vestuário no canal digital, a qual possui margens superiores a outras categorias.

A Centauro registrou receita líquida de R$ 2,5 bilhões no acumulado do ano, expansão de 4,3% em relação ao mesmo período de 2023, e R$ 894,4 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 1,3%. 

Principais resultados da FISIA

No mesmo período, a Fisia alcançou receita líquida de R$ 2,8 bilhões, crescimento de 0,7%, sendo R$ 971,6 milhões no terceiro trimestre, retração de 8,1%. 

A SBF reforça a alta base de comparação da Fisia no terceiro trimestre de 2023, no qual a receita líquida contou com a expansão de 47,1%. Considerando apenas os canais DTC (lojas físicas e 1P do canal digital), a receita ficaria estável.

A Fisia também contou com um trimestre marcado pelo aumento da rentabilidade, reflexo da normalização dos preços em todos os canais. Como destaque do trimestre, a Fisia passou o abastecimento das lojas NVS para o seu centro de distribuição próprio, e mesmo com pouco tempo de migração, a redução do tempo de entrega para as lojas já é perceptível. Os ganhos mais relevantes concentram-se na preparação do pedido até sua expedição, etapas nas quais há mais eficiência ao operar pelo CD próprio.

“A execução do planejamento estratégico de curto e longo prazo segue como um compromisso diário para toda a equipe que tem entregado excelentes resultados. Seguiremos buscando ainda melhores resultados, sempre focados e empenhados na geração de valor para nossos acionistas e stakeholders”, conclui Pedro Zemel, CEO do Grupo SBF.

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