Ruas de Recife na pandemia do Covid-19 (Andréa Rêgo Barros/PCR/Divulgação)
Mariana Martucci
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 18h57.
Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 20h23.
Situações de estresse extremo induzem à busca de soluções milagrosas e imediatas, com o pensamento mágico servindo de motor. É normal, portanto, o que vemos agora na pandemia de covid-19: a ilusão de que a largada da vacinação vai trazer um alívio quase instantâneo.
Haverá algum alívio, sim, mas, por enquanto, ele estará restrito principalmente aos limites da psicologia. Na vida real, o vírus continuará circulando firme, fazendo adoecer e infelizmente matando, até a maioria da população estar imunizada.
A partir daí é que se poderá falar em algum controle em grande escala. É o que dizem os especialistas.
Então preparemo-nos para um 2021 duro. No qual não será possível trancar todo mundo em casa até a próxima São Silvestre nem será sensato fingir que o problema não existe. Precisamos de uma política de volta progressiva às atividades e que combine com as necessárias medidas de distanciamento social.
Isso é particularmente urgente na Educação. As maiores vítimas da guerra político-judicial e da ausência de qualquer coordenação nacional para a retomada têm sido nossas crianças e jovens. Especialmente os da escola pública.
*Analista político da FSB Comunicação
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