Coluna de Alon Feuerweker analisa os números do Banco Central para a atividade econômica no ano passado e compara com a situação de outros países (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
André Martins
Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 19h15.
E o ensaio para a medida final da retração do nosso Produto Interno Bruto em 2020 está em -4,05%, diz o Banco Central (leia). Deve ficar por aí mesmo. Ruim, porque recessão é sempre uma desgraça, mas vai representar metade do que previram os analistas em certo momento.
A situação mundo afora, especialmente em alguns países desenvolvidos, está bem mais aguda (leia). Mas não chega a ser consolo para nós, especialmente porque vínhamos de anos complicados, com recessão feroz (2015-16) ou quase estagnação (2017-19)
Em resumo, o 2020 da Covid-19 veio coroar mais uma "década perdida". Com pequenos lapsos de exceção, é o cenário desde o processo redemocratizador dos anos 1980. Aliás, aquela transição foi catalisada pela tristeza com a inflação e a recessão. Deu-se um jeito na primeira, mas não na segunda.
E veio o cansaço com a Nova República, nascida ali. E vieram os surtos recentes de disrupção, que atingiram o ápice em 2018. A curiosidade? No que vão dar, desta vez, o cansaço e a frustração com a perenização da mediocridade econômica, na hipótese de isso se confirmar?
* Analista político da FSB Comunicação
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