Alunos da Escola Sergio Pessoa (Ione Moreno/Semcom/Divulgação)
Mariana Martucci
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 20h45.
A suspensão das atividades presenciais durante a pandemia destacou as desigualdades e seu impacto na educação. Diferenças no apoio escolar e nas condições do ambiente doméstico, como acesso à internet, preparo e disponibilidade das famílias, influenciaram a aprendizagem.
O retorno das crianças da etapa de alfabetização exigirá mais atenção. Esses alunos não têm autonomia para o homeschooling e a aprendizagem para eles é dependente de interação física, experimentação sensorial e motora e da prática de um novo conceito aprendido por diversas vezes e em diferentes contextos.
A volta ao espaço escolar deverá considerar as grandes variações nas competências acadêmicas e experiências pessoais. Uma avaliação diagnóstica, reforço escolar, planos de ensino personalizado, monitoramento da aprendizagem e um olhar atento para os aspectos socioemocionais serão fundamentais. A tecnologia deverá ser mais explorada para alcançar e motivar os alunos.
Os desafios serão enormes, mas a aprendizagem tornou-se uma pauta importante e urgente para pais, professores e gestores públicos. Esta é a oportunidade de explorar novas soluções que possibilitem um ensino de melhor qualidade, mais inclusivo e equitativo.
*Juliana Amorina é diretora presidente do Instituto ABCD, instituição sem fins lucrativos que trabalha há 11 anos para melhorar a qualidade de vida de pessoas com dislexia.
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