Bússola

Um conteúdo Bússola

Os 60+ são inclusivos, techs e inovadores. E vieram para ficar

A economia prateada representar uma das maiores transformações sociais, econômicas e políticas do nosso tempo

Economia prateada: nas próximas décadas, a fatia da população global acima dos 60 anos passará dos atuais 7% para 20% (VioNet/Thinkstock)

Economia prateada: nas próximas décadas, a fatia da população global acima dos 60 anos passará dos atuais 7% para 20% (VioNet/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2021 às 18h06.

Última atualização em 4 de maio de 2021 às 11h11.

Certamente você já ouviu falar na economia prateada. Ela é inexorável. Vai representar uma das maiores transformações sociais, econômicas e políticas do nosso tempo, que terá impacto não apenas econômico, mas também vai impor soluções baseadas em tecnologia, como já apontou o Fórum Econômico Mundial. E vai desde sua casa e família até negócios e mercado em todos seus espectros. Nas próximas décadas, a fatia da população global acima dos 60 anos passará dos atuais 7% para 20%. Em 2050, o número de adultos com mais de 65 anos em todo o mundo dobrará, atingindo incríveis 1,6 bilhão (baixe um e-book sobre isso)

E isso aparece no mercado de trabalho. Uma pesquisa de 2016 (Information Technology & Innovation Foundation) já indicava que a idade média dos profissionais altamente inovadores é de 48 anos. Aqui em nosso país já temos mais de 30 milhões nessa faixa de 60 anos. E, a propósito, eles começam a ser vacinados por aqui nesta última semana de abril, na maioria das capitais do Brasil.

Para esse público os serviços de mobilidade especializados ainda são pouco explorados, mas aqueles que oferecerem serviços de qualidade aos mais de 60 anos estão saindo na frente e terão muito a ganhar com um consumidor mais fiel, com experiência de vida e discernimento maior. E, algo realmente importante, conhecedor de como o propósito de marcas conta: impacta ações, compra de produtos e empatia com seu público.

Pelo lado da tecnologia há o potencial de melhorar a vida das pessoas e facilitar a prestação de serviços, que podem ser acessados digitalmente. A população 60+ tem adotado essas tecnologias com mais desembaraço do que se imaginava. Em 2000, 14% das pessoas com 65 anos usavam internet. Hoje são 73%.

As áreas específicas de tecnologia que estão sendo exploradas para atender às necessidades desse público estão bem mapeadas:

  • Telemedicina
  • Tablets para comunicação e entretenimento
  • Plataformas “inteligentes” que integram registros médicos eletrônicos (EMRs) e registros eletrônicos de saúde com IA e análises
  • Dispositivos wearables (vestíveis)
  • Tecnologias que fazem uso de voz, toque, movimento e outras formas de assistência
  • Tecnologias para segurança (dispositivos de monitoramento e alerta)
  • Auxiliares sensoriais (por exemplo, aparelhos auditivos)
  • Serviços de Gig Economy (por exemplo, entrega de refeições e mobilidade)
  • Carros autônomos
  • Robôs

Bem, você pode se interessar por esse tema com uma visão de negócios. Isso é ótimo. E é bom também ter o olhar pessoal pois o mundo “sessentará”, pelo que as pesquisas indicam, com boas oportunidades, tirando o visco da palavra idoso para dar contornos inclusivos. E com muitas possibilidades.

Escrevi esse texto me apropriando de forma clara, descarada e consentida de alguns conteúdos do The Shift, um dos melhores ambientes de comunicação que apareceram recentemente pelas mentes das incríveis Silvia Bassi e Cristina De Luca. E que você deveria assinar! Elas criam contextos com excelentes conteúdos transformadores nesse ambiente de alto impacto tech.

*Rizzo Miranda é sócia-diretora Digital&Inovação da FSB Comunicação

Siga Bússola nas redes: Instagram | LinkedinTwitter  |   Facebook   |  Youtube

Acompanhe tudo sobre:Bússola InovaçãoConsumoFórum Econômico Mundiallongevidade

Mais de Bússola

Entidades alertam STF para risco jurídico em caso sobre Lei das S.A

Regina Monge: o que é a Economia da Atenção?

Brasil fica na 57ª posição entre 67 países analisados no Ranking Mundial de Competitividade Digital 

Gilson Faust: governança corporativa evolui no Brasil, mas precisa de mais