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Publicado em 11 de abril de 2025 às 15h00.
Por Denis Riviello, Diretor de Cibersegurança da CG One*
O impacto de um incidente cibernético pode comprometer a estabilidade de qualquer organização, independentemente do seu porte ou setor de atuação. Em um ambiente cada vez mais digitalizado, a preparação para lidar com essas ameaças é essencial para garantir a continuidade dos negócios.
O Relatório do Custo das Violações de Dados da IBM constatou que ter planos formais e uma equipe de resposta às ocorrências permite que as companhias reduzam o custo de uma violação em quase meio milhão de dólares americanos, em média. Este dado só comprova que o investimento em defesa de ataques cibernéticos não deve ser visto como um custo operacional, mas sim como um elemento estratégico para assegurar a saúde organizacional.
Além disso, a resolução desses eventos vai muito além da remediação de problemas. Trata-se de um conjunto estruturado de ações que orientam a empresa sobre o que fazer antes, durante e depois de uma ocorrência. Esse plano deve englobar identificação de ameaças, resposta rápida, mitigação de impactos e retomada segura das operações.
Entre os problemas mais frequentes, os ataques de ransomware se destacam pela capacidade de paralisar as atividades de uma organização. Esse tipo de ação bloqueia sistemas e dados sensíveis, exigindo resgates financeiros para a sua liberação. Empresas sem um plano estruturado enfrentam dificuldades para mitigar os danos de um ataque como este, resultando em perdas financeiras, interrupção dos serviços e prejuízos reputacionais diante de fornecedores, clientes e concorrentes.
Com isso, a implementação de um programa eficiente de resolução de incidentes reduz significativamente os impactos de um ataque ransomware. A capacidade de detectar e conter rapidamente a ameaça pode evitar a disseminação do malware, protegendo ativos críticos e minimizando danos.
Embora muitas companhias ainda adotem uma postura reativa, tratando a segurança cibernética como uma prioridade apenas após sofrerem um ataque, a resposta a incidentes deve ser encarada como uma ação preventiva. Ao investir em processos bem definidos, treinamento de equipes e ferramentas adequadas, é possível identificar vulnerabilidades e evitar que ameaças se concretizem.
Para isso, uma abordagem proativa inclui monitoramento contínuo, simulações regulares de ocorrências e revisão periódica das estratégias de segurança. Indo além do técnico, a integração entre diferentes áreas da empresa é fundamental para garantir que todos os envolvidos saibam como agir diante de uma eventualidade.
Uma companhia que investe em segurança cibernética não apenas reduz os riscos de interrupção das suas atividades, mas também reforça sua resiliência cibernética. A capacidade de manter a continuidade operacional mesmo diante de ameaças complexas fortalece a confiança de clientes, parceiros e investidores, além de evitar impactos regulatórios e financeiros.
Neste cenário, com a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, a segurança da informação deve ser tratada como prioridade estratégica. O investimento em resposta a incidentes não é apenas uma questão de proteção contra ameaças, mas um fator determinante para a perenidade e credibilidade da organização no mercado. Adotar uma postura estruturada e preventiva garante que, mesmo diante de um imprevisto, as empresas terão condições de reagir de forma rápida e eficaz, preservando a reputação e assegurando a continuidade dos negócios.
*Denis Riviello é um líder reconhecido na proteção de ativos digitais e na gestão de riscos corporativos. Atualmente, é diretor de cibersegurança na CG One, onde lidera estratégias inovadoras de segurança para proteger informações críticas e garantir a resiliência cibernética da organização.
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