(Yara Nardi/Reuters)
Mariana Martucci
Publicado em 16 de outubro de 2020 às 20h27.
Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 20h28.
Fernando Canzian, da Folha de S.Paulo, fez um levantamento interessante sobre o já conhecido certo descolamento entre as curvas de casos e mortes na "segunda onda" europeia de contaminação pelo SARS-CoV-2 (leia).
E esse descolamento é mais pronunciado nas regiões mais duramente atingidas na primeira onda da Covid-19. E quais seriam as explicações?
Há várias hipóteses. Uma é a possibilidade de a população mais fragilizada ter sido mais vitimada na primeira onda. Outra é a possibilidade de o vírus sofrer uma mutação adaptativa que o torna menos letal, preservando o hospedeiro sem o qual o vírus não consegue se reproduzir.
Outra ainda é a hipótese de cargas virais menores, atenuadas por exemplo pelo uso de máscaras, produzirem alguma imunidade.
O certo é que a ciência está aprendendo a pilotar o avião em pleno voo, algo aliás absolutamente razoável no caso de um vírus novo. Nem seria justo esperar algo diferente.
Resta torcer para que o conhecimento avance numa velocidade superior ao estrago provocado pelo novo coronavírus.
*Analista político da FSB Comunicação
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