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ODT e Naval Group entregam 1º submarino do Prosub à Marinha brasileira

Projeto fruto de parceria entre Brasil e França prevê a construção de outros quatro submarinos, sendo um de propulsão nuclear

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Publicado em 6 de setembro de 2022 às 15h00.

Última atualização em 8 de setembro de 2022 às 13h48.

A ODT (controlada do grupo Novonor) e a Naval Group, empresas que formam a Itaguaí Construções Navais (ICN), acabam de entregar o primeiro submarino do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) à Marinha brasileira. Batizado de Riachuelo (S40), o equipamento é o primeiro submarino da Marinha Brasileira construído no país, com participação de empresas do grupo Novonor. A tecnologia utilizada na construção é resultado de uma parceria entre Brasil e França.

A solenidade ocorreu na última semana e contou com a participação de representantes da OEC, maior empresa de engenharia do Brasil e responsável pela construção de toda a infraestrutura que torna possível o Prosub. A cerimônia foi marcada pela assinatura do documento que celebra a incorporação do Riachuelo à Armada brasileira. Além disso, comprova a conclusão de um rigoroso calendário de testes de aceitação do veículo, no porto e no mar e o início do período de garantia do equipamento.

Esta é considerada uma das mais importantes entregas já realizadas na construção militar naval do país e marca um passo significativo para a construção do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear, que será batizado com o nome do Almirante Álvaro Alberto.

“Quando for concluída a construção do submarino nuclear, o Brasil fará parte de um seleto grupo de apenas seis países com capacidade e tecnologia para projetar e construir este tipo de equipamento. Mas, hoje, na apresentação do Riachuelo, já temos todos os motivos para poder expressar um imenso orgulho e uma indescritível emoção por fazer parte desta história”, declara Mauricio Cruz Lopes, presidente da OEC.

A OEC foi selecionada para o programa em razão de sua ampla experiência em projetos de alta complexidade. Um dos grandes desafios da engenharia solucionados pela empresa é a construção do estaleiro e da base naval, que ocupam uma área de 900 mil metros quadrados, dos quais 750 mil sobre água. O acesso ao conjunto é feito por um túnel escavado em rocha de 850 metros de comprimento. Ao todo, são gerados mais de 30 mil empregos diretos e indiretos.

O evento contou com a participação de Héctor Núñez, diretor-presidente da Novonor, além do CEO da OEC, Maurício Cruz Lopes, Marcelo Hofke, Diretor-superintendente da OEC no Brasil, Fábio Gandolfo, diretor responsável por projetos da área Nuclear, Rogério Bautista, diretor jurídico da OEC, Pedro Moreira, diretor de contratos da OEC no Prosub, Flávio Gesca, presidente do CBS (Consórcio Baía de Sepetiba) e Mário Botelho, diretor industrial da ICN.

Histórico

O Prosub foi acordado em 2008 e prevê a transferência de tecnologia francesa para a construção de quatro submarinos convencionais, movidos por motores diesel-elétricos, e para um submarino de propulsão nuclear, além de um estaleiro e uma base naval. O objetivo é a proteção da “Amazônia Azul”, área com cerca de 8500 km de extensão, ao longo da qual se estendem as Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), totalizando uma área aproximada de 4,5 milhões de km quadrados, que contém riquezas biológicas e minerais ameaçadas pela exploração predatória.

Nesta região, estão ainda distribuídas centenas de plataformas para exploração submarina. Mais de 90% do petróleo brasileiro, cerca de dois milhões de barris por dia, são extraídos do mar. Além disso, aproximadamente 95% do comércio exterior brasileiro ocorre via marítima.

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