Cooperativa cresceu 82% somente em 2023 (Crehnor/Divulgação)
Repórter Bússola
Publicado em 10 de outubro de 2024 às 13h00.
Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 16h37.
De 2018 para cá, a Crehnor foi de um patrimônio de R$ 285 mil para R$ 6 milhões. A cooperativa de crédito estava para ser liquidada, mas fez uma curva fechada na direção dos negócios, formulando um plano que teve êxito, em grande parte, graças a um processo conhecido das instituições financeiras: a transformação digital.
Possibilitada pela parceria com a techfin CashWay, a digitalização da cooperativa permitiu a ampliação dos negócios e dos serviços oferecidos. Hoje, a Crehnor:
“Nós estamos no interior do Paraná, as distâncias entre nossos associados são grandes. A tecnologia permitiu que essa barreira fosse superada. Hoje, 97% da nossa operação é feita via aplicativo, internet banking. O acesso possibilitados pelos serviços digitais se mostrou fundamental na nossa recuperação”, diz Robson Pletsch, gerente operacional da Crehnor.
A Crehnor, Cooperativa de Crédito Rural de Pequenos Agricultores e da Reforma Agrária, começou com o objetivo principal de possibilitar o acesso a políticas públicas aos seus associados – assentados da reforma agrária e pequenos agricultores.
“A partir de 2017, devido à redução das políticas públicas e o rearranjo do sistema financeiro, não podíamos mais nos restringir a 16 municípios paranaenses, porque não conseguiríamos escala e dificilmente poderíamos evoluir para a nossa viabilidade econômica. Optamos por uma nova direção e a questão tecnológica foi indispensável”, diz Natalino Alves dos Santos, presidente da Crehnor.
A transformação digital da instituição foi viabilizada pela CashWay, cujo fundador era contato de Natalino. A empresa é uma techfin, que trabalha como uma plataforma financeira que fornece serviços em um modelo SaaS (Software as a Service).
Segundo Felipe Santiago, fundador da CashWay, as techfin permitem que de permitindo que instituições financeiras, como distribuidoras de valores mobiliários, cooperativas de crédito, sociedades de crédito direto e instituições de pagamento, usem sua tecnologia sem precisar manter uma infraestrutura própria.
“Eu considero a digitalização essencial, não só para as cooperativas, mas para todo o mercado financeiro. Não tem mais como operar de forma eficiente sem ser digital. O próprio Banco Central, nos últimos dois anos, já tornou isso praticamente mandatório. Por exemplo, se você oferece uma conta transacional, é obrigatório disponibilizar o Pix ou uma maneira para o cliente sacar dinheiro. Tudo isso depende de tecnologia”, conclui Santiago.
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