Galpão da Log em Fortaleza: Preços na cidade já estão próximos dos praticados em Cajamar, na Grande São Paulo (Log CP/Divulgação)
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Publicado em 14 de junho de 2024 às 10h00.
Para quem não está familiarizado com o setor imobiliário, ABL, ou Área Bruta Locável, é uma métrica que serve muito bem para indicar a posição de uma empresa no mercado.
No caso da Log CP (LOGG3), a meta é transformar os mais de 1,5 milhão de metros quadrados ABL das suas propriedades em 2 milhões antes de 2028.
O plano “LOG 2 Milhões” prevê gerar lucro de até R$ 2 bilhões, e as movimentações recentes da empresa têm chamado a atenção dos investidores.
Recentemente, o Bradesco BBI ajustou seu preço-alvo para as ações da empresa para R$ 35 até o final de 2024. A decisão veio após a realização de um non-deal roadshow em São Paulo e Rio de Janeiro.
Na ocasião, foram abordados temas como preços de aluguel, pré-locação de projetos, estrutura de capital e a estratégia de reciclagem de ativos.
O Bradesco BBI destaca dois principais caminhos para a valorização do papel da companhia: a criação de valor no desenvolvimento de projetos e a reavaliação do múltiplo Preço/Valor Patrimonial (P/BV).
A Log ressalta: uma das qualidades mais valorizadas pelos investidores é a sua abordagem conservadora em relação à alavancagem.
A empresa mantém um limite de cerca de R$ 700 milhões, priorizando a venda de ativos maduros para financiar novos desenvolvimentos.
Desde o final de 2022, a Log CP já vendeu R$1,8 bilhão em ativos, o que ajudou a reduzir a relação Dívida Líquida/Ebitda para um nível saudável de 1,5x no primeiro trimestre de 2024.
Além do crescimento planejado, a empresa tem demonstrado uma forte capacidade de pré-locação de seus projetos, com níveis de ocupação de 80 a 90% no momento da conclusão.
Os preços de aluguel também aumentaram significativamente, de R$15 a R$ 16 por metro quadrado em 2020 e 2021 para R$ 21 a R$ 22 neste ano. Para a empresa, esse aumento reflete a atratividade dos projetos e a alta demanda por seus espaços.
A Log CP também investe em um ambiente que favorece a reciclagem de ativos. A empresa já anunciou a venda de R$ 500 milhões em ativos em 2024 e espera vender pelo menos mais R$ 300 milhões para financiar o pipeline de Capex de cerca de R$ 850 milhões para o ano corrente.
Essa reciclagem de ativos é fundamental para manter a alavancagem sob controle e continuar a melhorar a percepção de risco dos investidores.
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