Serão empregadas mil pessoas para a construção da fábrica. e a expectativa é gerar 200 empregos diretos quando a empresa entrar em operação (J.D. Biersdorfer/The New York Times)
Bússola
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 19h26.
A Nestlé Purina e o Governo do Estado de Santa Catarina realizaram, na manhã de ontem, 15, o lançamento da pedra fundamental da nova indústria de petfood em Vargeão, no oeste catarinense. De acordo com o CEO de Nestlé Purina Brasil, Marcel de Barros, o investimento total na indústria será de R$ 2,5 bilhões, sendo R$ 1 bilhão na primeira etapa, entre 2022 e 2023 — a projeção de investimentos no projeto completo chega a R$ 2,5 bilhões.
A nova unidade será construída para atender à crescente demanda dos mercados interno e externo por alimentos para cães e gatos, acelerar o crescimento da companhia e ajudar a consolidar o Brasil como uma importante plataforma de exportação para outros países da América Latina, Estados Unidos e Europa. A primeira fase do novo parque fabril deve entrar em operação no segundo semestre de 2023, enquanto a segunda etapa deve começar a operar até 2024. Esse é o maior investimento da Nestlé para a construção de uma unidade fabril desde 2017, quando a Companhia inaugurou a planta de Montes Claros (MG).
Nestlé Purina tem mantido um crescimento de duplo dígito alto e acima do mercado nos últimos quatro anos. Com os investimentos feitos em inovação no portfólio e na expansão da capacidade fabril, a perspectiva é manter essa tendência de crescimento nos próximos anos.
“Purina está entre as três maiores categorias da Nestlé globalmente, junto com nutrição e cafés. Purina Brasil vem nos últimos quatro anos crescendo de forma consistente. Esse é um investimento importante, com as tecnologias mais avançadas. Vamos gerar um impacto bastante positivo, não somente econômico, mas social, por meio da geração de emprego e desenvolvimento do município e de várias indústrias correlatas à nossa, já que o complexo industrial vai ser bastante importante”, diz o CEO da Nestlé Purina Brasil, Marcel de Barros.
Serão empregadas mil pessoas para a construção da fábrica. A expectativa é gerar 200 empregos diretos quando a empresa entrar em operação. A escolha pelo Estado de Santa Catarina ocorreu pela presença das agroindústrias na região fornecedoras de insumos essenciais para os alimentos de cães e gatos e pela questão logística e de infraestrutura, uma vez que a nova planta será voltada para as exportações e para atender às demandas do mercado no sul do país.
A nova unidade já nascerá no conceito de indústria 4.0, com uma tecnologia inovadora e exclusiva de Purina para alimentos úmidos, com capacidade ampliada de produção em razão das linhas automatizadas e do uso de robôs em operações como envase, empacotamento e esterilização, o que torna o processo mais ágil e seguro. O maquinário mais moderno também traz vantagens como menor consumo de energia e água.
Na primeira fase será instalada uma linha de alimentos úmidos (wet) de tecnologia proprietária como um importante diferencial competitivo na parte de fabricação de alimentos úmidos, que traz benefícios para uma alimentação exclusiva de Purina ao preservar pedaços semelhantes ao da carne, conferindo maior naturalidade ao produto e adequada nutrição para cães e gatos.
A qualidade é assegurada por um rigoroso sistema de controle que engloba todo o processo de produção, incluindo a última etapa, que ocorre de forma automatizada, diretamente na embalagem, evitando, assim, riscos de contaminação. O parque industrial terá a estrutura dimensionada para contemplar outras fases de ampliação e instalação de mais linhas de produção de alimentos úmidos, secos e outras tecnologias da indústria de petfood. “A nova unidade fabril tem uma configuração que permite expandirmos sem interferir na operação em andamento”, afirma Marcel.
A nova planta será construída já considerando política de zero destinação para aterros sanitários, projetos de reuso de água resultantes do tratamento de efluentes industriais, redução no consumo de água e uso de fontes renováveis de energia. A água utilizada no processo produtivo será reutilizada, sem descarte no meio ambiente. Além disso, o terreno detém uma área de preservação permanente no entorno do espaço que será ocupado pela fábrica. A energia será gerada a partir de biomassa.
“A unidade de Vargeão já começará a operar com impacto zero em gases de efeito estufa. Toda a energia necessária à fábrica, exceto a elétrica, será originada da utilização de biomassa que será adquirida na própria região Sul do País”, diz Marcel.
Crescimento
Ao mesmo tempo em que investe em Vargeão, Purina também destinou, nos últimos cinco anos, mais de R$ 700 milhões para a sua unidade instalada em Ribeirão Preto (SP). Esse valor é parte do plano de negócios de Purina no Brasil, contemplando novas tecnologias exclusivas na fabricação de produtos úmidos e inovações no portfólio. O segmento de alimentos úmidos é um dos principais drivers de crescimento da marca, auxiliando na premiunização da categoria e seguirá sendo uma das prioridades de investimento nesse segmento, devido à tecnologia patenteada que possibilita entregar texturas e sensações diferenciadas para os cães e gatos. Outros R$ 130 milhões estão sendo investidos na instalação de uma nova linha de produção totalmente automatizada de alimentos secos para cães e gatos e expansão em 30% no volume produzido na unidade já em 2022.
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