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Na corrida pela vacina, uma lição de Brasil

Coluna de Alon Feuerwerker comenta os pedidos de registro à Anvisa das vacinas CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 20h38.

De vez em quando é preciso ser otimista. E hoje é um dia assim. Depois da espera, não um, mas dois registros de vacinas contra a Covid-19 foram pedidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Da CoronaVac, parceria entre a chinesa Sinovac e o Butantan, e da AstraZeneca/Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. A primeira é a aposta do governo de São Paulo (João Doria). A segunda é a aposta principal do governo federal (Jair Bolsonaro).

Está instalada a competição, começou a corrida. Em disputa, não apenas os imunizantes, mas a estrutura e os instrumentos, principalmente as seringas. Quem vai ganhar ao final? Quem mais eficazmente realizar a missão nos próximos meses. E a vacina que se provar mais efetiva no essencial: imunizar a população contra o SARS-CoV-2, inclusive suas novas variantes.

Restam dúvidas? Que sejam esclarecidas pela Anvisa, perfeitamente equipada para tanto.

O episódio é mais uma lição de Brasil. Sobre nosso país, nunca convém otimismo excessivo sobre as possibilidades, mas tampouco é conveniente ceder ao catastrofismo. É o caso agora. A Covid-19 não vai desaparecer num passe de mágica por aqui, mas não seria sensato supor que ficaríamos para trás enquanto o mundo todo já estivesse se vacinando em massa.

*Analista político da FSB Comunicação

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