Sem investimento, boa parte das pesquisas não ultrapassam estágio inicial (Divulgação/Reuters)
Bússola
Publicado em 15 de junho de 2022 às 15h35.
As transformações ocorridas nos últimos dois anos no segmento da biotecnologia, sobretudo devido à pandemia da covid-19, impulsionaram uma verdadeira revolução no campo dos estudos e da ciência da vida. Muitos investimentos foram realizados, e, por meio de joint ventures de sucesso, foi possível desenvolver vacinas eficazes em tempo recorde. Mas o que acontece quando as pesquisas ou estudos, muitas desenvolvidas por startups e pesquisadores, não conseguem esse financiamento e o acesso aos investidores?
Boa parte delas não ultrapassam a fase do estágio inicial e perdemos a chance de darmos grandes saltos. Pensando nisso, a MKM Biotech, empresa de investimentos com foco em biotecnologia, decidiu investir R$ 4 milhões nesse campo.
A iniciativa se dará por meio de parcerias com startups e pesquisadores nacionais e internacionais, para que essas novas tecnologias cheguem ao público final na forma de novos medicamentos e tratamentos. A MKM Biotech vai selecionar dez startups de biotecnologia, com aportes pré-seed (de R$ 200 mil até R$ 400 mil reais).
Serão contemplados não apenas startups, mas também pesquisas de novos medicamentos, exames, vacinas e equipamentos, entre outras iniciativas, preferencialmente no estágio pré-clínico dos ensaios. Somados, os valores atingem um total de R$ 4 milhões reservados para os estudos e sua estruturação.
“Queremos encontrar novas iniciativas no campo da biotecnologia e ajudar a integrar as inovações na indústria farmacêutica. Também estamos procurando oportunidades nas áreas de exames, vacinas, equipamentos, entre outras iniciativas, além das humanas. Por isso, estamos nos aproximando de pesquisadores, universidades e centros de estudos”, diz o CEO da MKM Biotech, Carlos Zago.
Além do valor investido, que torna a MKM Biotech parceira com 10% da startup, a empresa também realiza o serviço de venture building, fornecendo recursos, rede de contatos e a expertise de um time especialista em biotecnologia e na indústria farmacêutica. A empresa ainda conta com uma estrutura de backoffice, com áreas como jurídico, contábil e marketing. A ideia é que o pesquisador ou empreendedor possa manter o foco em avançar seus testes e produtos, enquanto estruturamos os demais aspectos do negócio.
“A biotecnologia é o futuro. No Brasil, encontramos pesquisas de muita qualidade na área de novas drogas e terapias. Entretanto, poucas estão em estágio avançado, principalmente por falta de investimento e planejamento. Nosso papel é identificar, investir, organizar a estratégia e tornar viável que o estudo chegue nos estágios avançado”, afirma Zago
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