Metaverso tem como norte a integração das vidas real e virtual (Kilito Chan/Getty Images)
Bússola
Publicado em 16 de junho de 2022 às 19h30.
Por Bússola
Ainda não existe uma definição ou conceito ao certo do que é o Metaverso, porém, sabemos ser um caminho ainda em andamento que tem como norte a integração das nossas vidas real e virtual. O novo movimento vem através da tecnologia e de ferramentas para trazer um futuro mais integrado entre esses dois mundos. Nada mais é que um estágio da internet que permite uma maior participação dos usuários, convidando cada vez mais pessoas interessadas a participarem dessa nova onda revolucionária.
Essa foi a conclusão da live realizada na quarta-feira, 15 de junho, sobre o Metaverso. O webinar reuniu Giovanna Casimiro, produtora de Metaverse na Decentraland Foundation e head da Metaverse Fashion Week, Paulo Perez, chief design officer da CloudWalk, Tiago Barra, sócio e head de Growth e Marketing da Sproutfi, e Cauê Madeira, sócio-diretor da Loures Consultoria e autor da coluna Bússola Geekonomy.
Em estudo realizado pela Knewin, maior PRTech da América Latina e referência no monitoramento de mídia espontânea, aponta que de janeiro a abril houve um crescimento de 74,5% nos tuítes sobre metaverso. Durante o período da análise, foram mais de 93 mil tuítes sobre o tema, sendo o mês de abril o de maior pico de tuítes. 40,9% das menções aconteceram no quarto mês do ano. Temas alinhados com o metaverso seguem ganhando destaque entre o público, unindo mercado econômico, tecnologia e inovação em temas constantemente debatidos pelos usuários, entre eles: Criptomoedas/NFT com 9,02%, Facebook/Meta com 4,33% e Games com 1,67% dos tuítes.
No período de análise, a Knewin observou que a hashtag #metaverso foi a mais usada no Twitter, aparecendo em 6,86% das menções. Hashtags como #bitcoin e #criptomoedas aparecem em segundo e terceiro lugar respectivamente, demonstrando mais dado que o metaverso caminha em conjunto com os avanços de outros setores.
Para Giovanna Casimiro, produtora de Metaverse na Decentraland Foundation e head da Metaverse Fashion Week, como primeiro passo, as pessoas precisam se educar e se responsabilizar para aprenderem junto ao Metaverso. “É parte da educação conscientizar o público de quais são as etapas e como funciona o Metaverso, e principalmente, é uma responsabilidade das marcas e grandes organizações em educarem o seu público consumidor e clientes sobre esse processo. Essa cadeia de conscientização é essencial para a boa transformação do conceito atingindo a todos que estão dentro e também fora da internet”, diz.
Já o Paulo Perez, chief design officer da CloudWalk, dona da maquininha de pagamento InfinitePay, acredita que o Metaverso pode revolucionar a maneira como fazemos negócios e impactar o ecossistema de fintechs de serviços de pagamentos. “Nós realmente acreditamos e contamos com a BlockChain, Metaverso e WEB3 para otimizar os nossos processos. Com os assets digitais que existem hoje, as pessoas podem ser proprietárias de conteúdo digital, permitindo terem encontros virtuais que se estendem ao mundo real. Aqui na CloudWalk, nós aceitamos PIX, cartão de crédito e tudo isso está fundamentado na nossa própria blockchain e stablecoin. Inclusive hoje estamos lançando a plataforma Infinity Rewards, onde o usuário que possui uma NFT consegue fazer transação de PIX ou dinheiro dentro da blockchain e ainda ganha cashback por ser dono de uma NFT em específico”, afirma.
“O Metaverso nada mais é do que uma nova versão de internet, com o surgimento de novos ativos como cryptocoins e NFTs. Hoje, através da Sproutfi, já é possível investir em ETFs do Metaverso, e nos próximos meses, lançaremos a transação de criptomoedas na plataforma. Percebemos que o nosso público tem vontade de aprender e de ter uma segunda renda também, investindo e aprendendo cada vez mais sobre as criptomoedas. Com isso, olhamos para o longo prazo e priorizamos a educação financeira para isso acontecer”, afirma Tiago Barra, sócio e head de Growth e Marketing da Sproutfi.
A plataforma de investimentos vem democratizando o acesso aos investimentos no mercado americano para toda a América Latina, e consequentemente, trazendo mais acesso ao universo do Metaverso, o qual ainda é muito otimizado e promete uma certa revolução.
De acordo com Cauê Madeira, sócio-diretor da Loures Consultoria e autor da coluna Bússola Geekonomy, o metaverso é um processo de evolução natural das tecnologias, porém, possui riscos. “Ainda existem muitas dúvidas em relação a essas tecnologias e conceitos, como o Metaverso e WEB3, principalmente no quesito de segurança. Acredito que todos nós estamos aprendendo sobre o tema, mas temos muitos usuários que precisam ainda se familiarizar um pouco mais para não serem prejudicados. É uma questão de aprendizagem para nos protegermos dessa nova tecnologia”, declara.
Na opinião dos debatedores, a inclusão digital de todos para que essa transformação aconteça é essencial. O futuro revolucionário precisa ser inclusivo e diverso. Precisamos pensar em novas maneiras de educar, em novas acessibilidades e também comunidades para existir trocas e expor esse assunto que ainda é curioso para muitos. Temos que investir nos encontros onlines para gerar os presenciais. Reativar relações humanas e trazer o Metaverso para o mundo real. O primeiro passo é quebrar essa barreira que existe e democratizar o acesso para todos, porém, precisamos de auxílio nessa jornada através da educação, troca de conteúdo e informações. O metaverso é sim para todos os públicos e todos estão convidados para participar.