Bússola

Um conteúdo Bússola

Metaverso: como investir na nova tendência de mercado

Pesquisa revela que 4,9 milhões de brasileiros já estão inseridos em alguma versão do metaverso

Apostar em empresas e ferramentas que disponibilizam essa tecnologia é uma forma de investir no metaverso (Thinkhubstudio/Getty Images)

Apostar em empresas e ferramentas que disponibilizam essa tecnologia é uma forma de investir no metaverso (Thinkhubstudio/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 13h40.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2022 às 13h49.

Por Marcos Trinca*

Desde que Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome de sua empresa de “Facebook” para “Meta” em outubro de 2021, o metaverso tornou-se uma pauta recorrente para jornalistas, empresários, profissionais de tecnologia, e para todos os curiosos e entusiastas do assunto. Entretanto, esse universo está entre nós há algum tempo, principalmente em jogos de interação online como Fortnite, Among Us e aqueles que simulam outra vida, como Second Life e Avakin Life. Segundo a pesquisa do Instituto Kantar Ibope Media, 4,9 milhões de brasileiros já estão inseridos em alguma versão do metaverso.

Mas, afinal, quais benefícios esse mundo virtual, que parece ter sido retirado de um filme de ficção científica, pode nos trazer? É possível investir no metaverso? A resposta é sim e, inclusive, investimentos e aquisições já estão acontecendo.

Recentemente, alguns terrenos e imóveis começaram a ser negociados dentro de espaços no metaverso. A empresa do ramo imobiliário Metaverse Group adquiriu por US$ 2,43 milhões um terreno dentro da Decentraland, universo virtual na blockchain do Ethereum. As propriedades dentro do metaverso podem ser acessadas através dos óculos de realidade virtual ou aplicativos específicos para smartphones. As casas virtuais podem ser usadas para a construção de espaços de interação, jogos, entre outros eventos digitais.

Os terrenos e outros produtos da realidade digital são negociados e vendidos como NFT — Token Não Fungível, em tradução para o português — que são o recurso de troca mais utilizado no metaverso. Diferentemente das criptomoedas, são uma unidade de dados que não pode ser replicada e que incorpora um determinado tipo de conteúdo, ou seja, NFT pode ser qualquer produto em formato digital, como um quadro artístico, um vídeo, música, móveis, roupas, entre outros.

Se comprar um terreno de milhares de dólares dentro do metaverso parece ser um investimento um tanto arriscado, há outras maneiras de investir e aproveitar melhor o que este mundo proporciona. Tecnologias de realidade aumentada estão tomando conta do mercado e mudando a forma de vender produtos e fazer negócios, oferecendo uma experiência única de imersão para os consumidores. Apostar em empresas e ferramentas que disponibilizam essa tecnologia é uma forma de investir no metaverso.

De acordo com o levantamento da Infobase, integradora de TI brasileira, até o fim deste ano 70% das empresas devem implementar tecnologias imersivas para o mercado consumidor e corporativo. Com o crescimento e o entendimento das pessoas pelo metaverso, será improvável ver algum serviço ou empresa que fique de fora das experiências com realidade aumentada daqui alguns anos. Se acontecer, esta empresa logo será considerada ultrapassada.

O futuro está diante de nossos olhos e ao nosso alcance como nunca. A transformação digital mudou a nossa vida, a forma de trabalhar, de vender e comprar e ainda nos proporciona novas experiências em diferentes universos digitais. Mesmo que não perceba, você já está se inserindo no metaverso — não deixe de usar isso a seu favor.

 

*Marcos Trinca é CEO da More Than Real, startup brasileira referência global no desenvolvimento de soluções de realidade aumentada e visão computacional

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedinTwitter | Facebook | Youtube

Veja também 

Acompanhe tudo sobre:InovaçãoMetaverso

Mais de Bússola

Estratégia ESG: como a Petlove reduziu 42% dos resíduos gerados

Bússola Cultural: Martin Luther King, o musical

Entidades alertam STF para risco jurídico em caso sobre Lei das S.A

Regina Monge: o que é a Economia da Atenção?