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Mercado plant-based aumenta aposta na mudança de hábitos dos consumidores

Vendas de substitutos de ingredientes de origem animal da NotCo aumentaram três vezes mais em 2022

20 de março é o Dia Mundial Sem Carne (tvirbickis/Thinkstock)

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Publicado em 20 de março de 2023 às 15h45.

Última atualização em 20 de março de 2023 às 16h51.

No dia 20 de março é celebrado o Dia Mundial Sem Carne. A data convida as pessoas a refletirem sobre a alimentação e a repensarem suas escolhas para opções mais conscientes. Esse movimento está sendo cada vez mais abraçado por diversos países, inclusive com muitos adeptos no Brasil. Segundo a pesquisa “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022”, realizada pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) e patrocinada pela NotCo, foodtech global e principal referência de alimentos à base de plantas, 61% dos entrevistados reduziram o consumo de ingredientes originados de animais no ano passado.

De acordo com Vanessa Giangiacomo, head de Marketing da empresa o hábito está se estendendo para mais pessoas por diversos motivos, sendo um dos principais a sustentabilidade; a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) aponta que quando alguém abre mão de consumir produtos de origem animal em apenas um dia da semana, ela deixa de emitir 14 kg de gás carbônico na atmosfera e economiza 3,4 mil litros de água, dentre outros impactos negativos que também são reduzidos no meio ambiente.

“Quando removemos o animal das refeições, não estamos apenas ajudando os animais em si, mas também retirando todas as partes ruins da produção de alimentos: consumo de água, emissão de carbono, pressão sobre o espaço de terra e desmatamento. É assim que realmente movemos a agulha e fazemos uma mudança, que pode acontecer por meio de ações sutis na rotina alimentar”, diz a executiva.

Outro motivo pelo qual as pessoas estão diminuindo o consumo de carne é a saúde. “Fora todas as vantagens ambientais, vários estudos já demonstraram que a ingestão de uma dieta baseada em plantas ajuda a prevenir doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas, por causa dos ingredientes livres de colesterol. Sem falar que são ótimas opções para pessoas com alergias ou intolerâncias”, destaca Giangiacomo.

Crescimento do mercado plant-based

Com essa mudança de comportamento da sociedade como um todo, os produtos plant-based também estão ocupando mais espaço no mercado. De acordo com a Euromonitor o consumo de alimentos plant-based cresceu quase 70% em 5 anos no Brasil, demonstrando a procura por esse tipo de alimento, enquanto o consumo de carne bovina vem caindo desde 2018, com a projeção de queda da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) atingindo 10,6% no ano passado.

“Com a tecnologia não precisamos abrir mão dos alimentos que já estamos acostumados e amamos consumir. Hoje, é possível comer um frango empanado ou hambúrguer 100% à base de plantas, mas sem perder o sabor, a textura e a performance dos produtos de origem animal. Dessa forma, a pessoa não sofre um impacto brusco na sua rotina e consegue fazer uma transição tranquila”, explica a head de Marketing da NotCo.

Nesse sentido, um aliado fundamental do mercado plant-based é o setor de food service. A pesquisa do GFI Brasil também aponta que 18% dos consumidores experimentam as alternativas vegetais primeiramente fora de casa. “Estamos falando de uma porta de entrada para, mais tarde, virarem clientes no varejo, por isso os restaurantes e lanchonetes que desejam atender bem todos os públicos devem se preocupar em ter as opções corretas com os fornecedores corretos”, afirma Giangiacomo.

Apesar disso, a rede varejista que contribui com esses estabelecimentos ainda está se habituando a essa nova demanda, uma vez que precisa adaptar lojas e encontrar espaços para a diversidade de produtos plant-based existentes atualmente. “A competição é com produtos comoditizados, como o próprio leite. São itens que têm subsídios e conseguem atingir preços muito mais competitivos, portanto é necessário que as empresas do ramo se unam para criar força e entrar com recursos para terem melhores condições para novos lançamentos e democratizar o acesso”, reforça a executiva.

Ações da NotCo para promover uma alimentação mais sustentável

Enxergando o food service como um setor essencial para ajudar a promover uma alimentação mais sustentável, a NotCo tem expandido suas parcerias com empresas relevantes nacionalmente e que queiram participar dessa missão. Somente no ano passado, a foodtech aumentou em 70% o número de colaborações desse tipo em relação a 2021. Algumas das marcas que passaram a ter alternativas à base de plantas da startup são Quiero Café, Mr Cheney, Casa do Pão de Queijo, B.lem, Boali, Number1Chicken e Splash Bebidas, além de outras redes com as quais atua há alguns anos, como Bullguer, Achapa e Borger Burger.

No seu portfólio, a companhia também tem aumentado o seu leque de soluções que provam que não são necessários grandes sacrifícios para começar a consumir uma dieta com opções plant-based. Em 2022, junto da ampliação da linha de hambúrgueres vegetais, o NotBurger, um dos seus maiores lançamentos foi a categoria NotMeat, representada por produtos como carne moída, kibes e almôndegas sem ingredientes de origem animal. Com isso, a empresa obteve um crescimento de vendas triplicado no ano passado apenas no que se refere a esses substitutos.

Ainda vale destacar que todas as embalagens da marca são totalmente recicláveis, processo que acontece através da parceria com a EuReciclo. “Queremos motivar a sustentabilidade em cada detalhe da nossa atuação, desde as soluções que lançamos até o cotidiano no escritório. Por essa razão, também somos uma Empresa B, que significa que temos a preocupação com o meio ambiente para além de produtos, englobando o dia a dia com os nossos parceiros e na relação entre as pessoas que fazem parte do grupo”, declara Giangiacomo.

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