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Mauro Wainstock: o desafio de ser imortal

Não tente se parecer com um robô nem tente se parecer com os outros, pois sua história é única

Imortal é quem colabora com o crescimento do outro (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Imortal é quem colabora com o crescimento do outro (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

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Publicado em 3 de outubro de 2022 às 13h30.

Última atualização em 3 de outubro de 2022 às 13h44.

Logo no início deste texto, convém esclarecer duas questões:

  1. A imortalidade não está associada à idade cronológica, mas à geração de um impacto positivo.
  2. Legado não é apenas o que você deixa PARA as pessoas, mas sobretudo o que você deixa NAS pessoas.

Neste sentido, o filósofo chinês Confúcio nos presenteia com a seguinte frase: “A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros”.

Dito isso, expandimos o conceito de “imortal” para todos aqueles que colaboram para a evolução do outro. Quantos de nós, com uma palavra ou um gesto, já conseguimos estimular uma mobilização real? Quantos de nós, independentemente da escolaridade, da condição socioeconômica ou do local de moradia, já tivemos êxito em transformar desânimos em sorrisos?

Essa capacidade é inerente ao humano. Mas devemos aprimorá-la diariamente.

O óbvio para você pode ser o “pulo do gato” para o receptor.

O poder do nosso conhecimento, muitas vezes não valorizado por nós mesmos, pode repercutir incrivelmente na conversa individual ou adquirir magia quando projetado publicamente.

Walter Longo, que está no “Hall of Fame” do Marketing no Brasil, nos traz o seguinte conceito: “A Idade da Mídia será uma Era na qual cada um de nós é um universo à parte, respeitado em sua individualidade e com ampla capacidade de gerar e compartilhar informações, moldar opiniões e influenciar a sociedade”.

Sim, hoje temos o poder de influenciar a sociedade!

Mas, no nosso dia a dia, devemos pensar primeiro em como abraçar aqueles que querem continuar escrevendo a própria história para que substituam o ponto final pelas vírgulas pulsantes e as reticências por exclamações.

Há mais de 30 anos produzo biografias. É emocionante perceber quanto cada trajetória é ímpar e dinâmica, recheada de aprendizados conquistados e desafios ultrapassados. O olhar para trás é a certeza de que as macrodecisões resultaram em megaorgulhos. E que as dificuldades momentâneas, que na época pareciam intransponíveis; aparecem como pontos de superação na inédita obra que vem sendo aprimorada.

São pessoas que, por serem curiosas e positivamente inconformadas, não disponibilizam o seu valioso tempo para a negatividade, lamentos e provocações, mas se destacam pelo alto astral e pelas impactantes ações.

Atitudes coerentes e constantes. Humanas.

Neste mundo cada vez mais complexo, viral e acelerado, a automatização traz inúmeras reflexões, como a do darwinista digital Carlos Piazza: “Se você não quer que um robô substitua o seu trabalho, por favor, não tente se parecer com um”.

Não tente se parecer com um robô. Ele não tem alma e nunca será biografado.

Não tente se parecer com os outros. Mesmo sendo humanos, eles nunca terão a sua história.

Finalizo parafraseando o escritor Érico Veríssimo: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente”.

O que você vai escrever na sua biografia amanhã?

Como você será lembrado eternamente?

*Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em comunicação. Foi nomeado LinkedIn Top Voice e atua como mentor de executivos sobre marca profissional. É sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos

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