Tudo vai mudar a partir da chegada do 5G, e não é somente o setor de tecnologia de informação e comunicação (D3sign/Getty Images)
Bússola
Publicado em 4 de agosto de 2021 às 18h15.
Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 18h25.
A educação é o principal ponto de partida para que o Brasil consiga acompanhar a quarta Revolução Industrial, impulsionada pela chegada da tecnologia móvel 5G. Essa foi a conclusão unânime da live da Bússola de hoje, 4, sobre a importância da formação de profissionais em tecnologia, cada vez mais requisitados no mercado brasileiro. Com o leilão da quinta geração da tecnologia previsto para acontecer ainda neste semestre, as operadoras de telecomunicações vencedoras já terão que garantir a utilização do 5G em grandes cidades provavelmente em algum momento de 2022.
Mediado por Rafael Lisbôa, o debate foi composto por Atílio Rulli, diretor de Relações Públicas e Governamentais da Huawei no Brasil; José Gustavo Sampaio Gontijo, diretor do departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI (Confederação Nacional da Indústria); e Vivien Suruagy, presidente da Feninfra (Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática).
“Tudo vai mudar a partir da chegada do 5G, e não é somente o setor de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação. Toda a economia vai mudar”, afirma Suruagy. “O Brasil tem participado da quarta Revolução Industrial de uma forma que ainda está desestruturada, diferente dos países que estabeleceram as TIC como prioridade, e que hoje lideram essa revolução. Nós somos o nono mercado de TICs, temos a quinta maior rede de telecomunicações do mundo, porém, infelizmente, estamos entre as últimas colocações de competitividade, inovação e ambiente de negócios. Não podemos ficar para trás. Necessitamos viabilizar esse desenvolvimento e capacitação de recursos humanos”, diz a presidente da Feninfra.
O representante do MCTI reconhece que é necessário mudar o sistema educacional e a qualificação da mão de obra. “Precisamos de uma política industrial alinhada com a macroeconomia e pensar no fluxo como um todo para definir estratégias e contar com a ajuda de empresas ao governo para formar profissionais. Não adianta sermos simplesmente um importador de equipamentos, se não tivermos uma base industrial qualificada, formando engenheiros que possam de fato atuar na área do 5G”, declara na live.
Gontijo afirma, ainda, que o país vive uma situação de transformação digital altamente acelerada e reconhece o grande trabalho que as instituições estão fazendo em conjunto com as empresas, como a parceria nacional entre a Huawei e o SENAI, anunciada em abril, para capacitação de mão de obra.
Foram entregues quatro laboratórios de última geração para instalação e manutenção de tecnologia Fiber to the Home, ou seja, redes de fibra óptica: um na Bahia, um no Espírito Santo, um no Tocantins e um no Distrito Federal. Ainda está prevista a criação do programa ICT Academy SENAI/Huawei, que irá oferecer cursos à distância e presenciais com certificações internacionais nas áreas de Cloud, Inteligência Artificial, fibra óptica e 5G.
“Investir em educação faz parte do DNA da Huawei. Acreditamos no poder da tecnologia e da educação como grandes agentes de transformação e melhoria na qualidade de vida das pessoas, e queremos contribuir com o desenvolvimento e a transformação digital do Brasil, além de preparar o país para as inovações que virão com as novas redes 5G. Os treinamentos que oferecemos e a parceria com o SENAI têm o objetivo de tornar o aprendizado mais acessível e eficaz para os menos favorecidos, beneficiando tanto jovens talentos universitários, quanto pessoas desempregadas que estão em busca de uma recolocação”, declara Rulli.
“Estamos tratando de um aspecto que é estratégico para o futuro do Brasil, pois a tecnologia 5G vai redefinir o campo de atuação para diversos setores da economia brasileira. Nós temos no país um problema de deficiência na educação básica e técnica profissional, além de alto índice de desemprego entre os jovens. O SENAI tem muitos desafios para acompanhar a quarta revolução industrial. Os próximos cinco anos serão decisivos e estaremos buscando cada vez mais parcerias como essa com a Huawei no setor empresarial, na fronteira tecnológica, para dar resposta necessária que as companhias brasileiras precisam para criar emprego e oportunidade para os brasileiros”, diz Lucchesi.
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