“Por trás de uma boa reputação tem uma sólida governança”, afirma Luiz Carlos Dutra (Maskot/Getty Images)
Bússola
Publicado em 13 de abril de 2022 às 16h55.
Última atualização em 14 de abril de 2022 às 14h12.
“Por trás de uma boa reputação tem uma sólida governança”. É com essa declaração que Luiz Carlos Dutra, diretor executivo da Mover Participações e membro do Conselho de Administração da CCR, inicia o bate-papo com Flavio Castro e Alexandre Loures, sócios do grupo FSB, para o Bússola Líderes.
A narrativa é uma palavra comum no mercado, mas também pouco aprofundada em sentido prático. É o que permite que uma empresa coloque sua agenda no mercado e não apenas responda à agenda que está no mercado. Pensando nisso, Dutra, que participou de cases globais de sucesso em questão de reputação e reestruturação de algumas marcas, como Unilever e Mover Participações, debate com os sócios sobre marketing, posicionamento e outros assuntos estratégicos.
De acordo com ele, hoje, a percepção de valor é algo ainda maior. E para além desse elemento, é necessário uma gestão estratégica de reputação que faz a diferença. Determinando uma vantagem competitiva e gerando satisfação, retenção e atração, como também valor da companhia.
Para o consumidor, saber qual é a marca do produto ou serviço que consuma é fundamental. Isso agrega conceito, confiança e, sobretudo, fidelização, fazendo com que a marca esteja nos corações e mentes dos clientes. É uma das principais estratégias de retenção para quem está em uma organização.
Segundo Dutra, para ter reputação é preciso ter engajamento. “O primeiro e mais importante público a ser conquistado é o público interno. [...] Em qualquer trabalho de posicionamento de mercado, é preciso fazer primeiro um trabalho interno de engajamento e percepção do público interno”.
O público interno da companhia é aquele que já a conhece e, para ele, tem senso crítico propositivo. Quando o diretor executivo da Mover Participações participou de um dos cases globais, apresentou um teaser do novo momento da marca e os próximos passos, buscando o engajamento para que aquele público fosse seu principal influenciador.
E nesses processos de reestruturação de uma marca, agentes externos como agência de comunicação corporativa e de publicidade são importantes aliados. A segmentação, em níveis de especialização, para ele, é um dos pontos positivos, quando tais agentes externos conseguem apresentar uma integração nos propósitos.
Já no âmbito do propósito, Dutra afirma que é a expressão da sua capacidade de impactar com legitimidade. “É preciso ter uma razão — dentre as muitas — específica que cria a singularidade da marca”, diz.
Segundo o executivo, quando se olha para a reputação se desmonta a tese da fragmentação, dando ênfase para o processo de integração. “Quando você olha o negócio, a sinergia, o pragmatismo e a execução ficam mais integrados. É uma combinação de processos, desenho organizacional e desenvolvimento de pessoas para entregar esses processos”, afirma.
Para acompanhar a entrevista na íntegra, acesse o canal do YouTube da Bússola.
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