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Invista em employer branding e programa de benefícios para atrair talentos

Em 2022 as empresas devem focar na personalização dos benefícios de acordo com o perfil das equipes, revela pesquisa

Tendência em 2022 é manter os benefícios do home office e investir em incentivos de retorno ao escritório (Angelina Bambina/Getty Images)

Tendência em 2022 é manter os benefícios do home office e investir em incentivos de retorno ao escritório (Angelina Bambina/Getty Images)

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Publicado em 11 de fevereiro de 2022 às 15h49.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2022 às 16h37.

Atração e retenção de talentos é uma das maiores preocupações das empresas, de acordo com o Guia Salarial 2022 da consultoria Robert Half. Nesse cenário, ter gestão de benefícios é ainda mais estratégico. A Pontomais, startup de gestão de ponto online e soluções de desburocratização de processos de RH, lançou o Censo de Benefícios 2021, que revelou que para a aplicação do employer branding, o primeiro ponto foi o alinhamento entre benefícios e estratégias dentro das empresas, considerado importante por mais de 90% das 150 organizações respondentes.

O estudo também mostrou que 53,4% afirmam que pensam nos benefícios para a retenção de talentos e 38,2% como estratégia de employer branding. Apenas 7,6% dos entrevistados os veem como uma obrigação.

Se desde 2020 os benefícios passaram a ter papel decisivo para funcionários e candidatos, neste ano a inovação será peça-chave para as organizações. Com o modelo híbrido em alta, a tendência em 2022 é manter os benefícios do home office e investir em incentivos de retorno ao escritório.

“Arcar com o desconto oficial do vale-transporte, melhorar o vale-gasolina ou realizar parcerias com aplicativos de mobilidade será importante para incentivar as equipes”, afirma Hendrik Machado, CEO da Pontomais.

Conhecido como o benefício mais tradicional no Brasil, o vale-transporte depositado nos cartões municipais é o mais utilizado por quase 20% das empresas entrevistadas. Já o vale-combustível ainda é pouco difundido no Brasil e tem espaço para crescer: 30,5% dos respondentes afirmaram não proporcionar o benefício; contudo, mesmo entre os que oferecem, 33,6% alegam entregar um valor irrisório, entre R$ 6 e R$ 15.

No que diz respeito ao vale-refeição, quase metade (43,5%) das empresas entrega um valor médio diário entre R$ 16 e R$ 25, enquanto a faixa entre R$ 26 a R$ 35 é praticada por 22,9% das empresas.

Nos dois extremos, 8,4% pagam menos de R$ 15 e apenas menos de 5% dão a seus funcionários um montante acima de R$ 36. Com relação ao vale-alimentação, a quantidade de empresas que não oferecem (35,9%) é praticamente a mesma daquelas que pagam mais de R$ 300 por mês (38,9%). Ou seja, quando ofertado, o vale-alimentação é visto como algo extremamente valioso para os funcionários, indo além dos valores simbólicos.

Na categoria de demais benefícios oferecidos, o plano de saúde lidera o ranking (86,5%), seguido por vale-creche e vale-academia, respectivamente, em uma lista que também inclui itens como auxílio-estudo e cursos de idiomas. Contudo, apesar de a gestão de benefícios ser vista como algo que agrega valor para as marcas, aqueles que vão além dos tradicionais ainda são pouco explorados.

Personalização

Para Machado, posto que VT, VA e plano de saúde já são considerados como o mínimo esperado por candidatos e funcionários, as empresas que diversificarem em 2022 se destacarão, desde que foquem naqueles itens que geram valor para o perfil de sua empresa. Assim, uma revisão periódica é fundamental para que os RHs garantam que estão oferecendo os benefícios mais adequados aos seus funcionários.

Segundo Hendrik, a principal intenção do programa de benefícios é proporcionar a qualidade de vida e fazer com que a percepção da marca empregadora seja cada vez mais atraente para os colaboradores.

Uma vez que estão diretamente relacionados ao conceito de salário emocional — isto é, a fatores motivacionais dentro das corporações —, cabe às empresas também o papel de incentivar seus funcionários a desfrutar dessas melhorias.

“Se queremos que a equipe faça mais atividades físicas ou que as pessoas leiam mais, não basta oferecer o convênio com a academia e o vale cultura, a organização deve estimular que seu time realmente faça uso das vantagens oferecidas. Envolver os funcionários e tê-los como guardiões da marca é uma boa maneira de fazer isso”, afirma Machado.

O novo momento dos benefícios reflete a transformação na relação entre as empresas e colaboradores ao longo dos anos. “O que podemos concluir de tudo visto até agora é que ainda há muito a ser trabalhado nas empresas quando o assunto é a gestão e a diversificação. O cenário de benefícios e a busca por profissionais ainda melhores andarão de mãos dadas nos próximos anos”, diz Machado.

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