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Guerra da Ucrânia gera falta de insumos eletrônicos e corrida para nuvem

Escassez de componentes eletrônicos, muitos deles responsáveis pelo armazenamento de dados, causa preocupação com segurança cibernética

Serviços em nuvem são garantia da cibersegurança de seus dados (AerialPerspective Images/Getty Images)

Serviços em nuvem são garantia da cibersegurança de seus dados (AerialPerspective Images/Getty Images)

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Publicado em 9 de junho de 2022 às 16h00.

Por Carlos Giliarde*

Não é novidade que a guerra entre Rússia e Ucrânia alavancou e evidenciou a gravidade dos ataques cibernéticos, que vêm aumentando exponencialmente nos últimos anos. Contudo, uma outra vertente no que se refere à preocupação com a segurança da informação está se manifestando a partir do conflito: a falta de insumos para componentes eletrônicos, muitos deles responsáveis pelo armazenamento de dados. Nesse sentido, a principal solução encontrada por empresas do mundo inteiro é o serviço de nuvem.

A alternativa supre a lacuna gerada por diversos fabricantes que estão com dificuldades em produzir e entregar seus equipamentos físicos, como a empresa de pesquisa de mercado Technet mostra ao revelar que a Ucrânia é a responsável pelo fornecimento de mais de 90% do neônio de grau semicondutor para os Estados Unidos. Além disso, é uma ação que poupa gastos, uma vez que as despesas para o acesso a esses materiais estão cada vez mais elevadas. Anteriormente à guerra, essa alta já havia se intensificado com a pandemia de covid-19 por conta das medidas restritivas.

O serviço de nuvem é incorporado por mais empresas todos os dias por dois motivos: traz uma medida de redução de danos para o contexto atual e demonstra uma maneira de armazenar dados com rapidez, praticidade, segurança e sem gerar uma grande despesa financeira. Não à toa, de acordo com o estudo IDC Predictions Brazil 2022, até dezembro mais de 95% das organizações que já fazem uso do formato preservarão ou ampliarão a capacidade dos ambientes cloud.

Apesar disso, vale ressaltar que mesmo antes da urgência causada pela pandemia e o conflito dos países europeus, a migração das infraestruturas para a nuvem já vinha acontecendo devido à facilidade de implementação e possibilidade de escalabilidade conforme a demanda. Com toda a agilidade que só esse serviço consegue entregar, hoje é possível gerenciar praticamente todos os recursos por plataformas unificadas, como ferramentas de gestão da postura de segurança em nuvem, proteção para endpoints, soluções de SASE (sigla em inglês para "serviço de acesso seguro à borda"), gerenciamento de firewalls, dentre outras.

Não há dúvidas: o serviço de nuvem é muito mais vantajoso e econômico do que recorrer a insumos físicos para o armazenamento de dados. No entanto, o foco em protegê-lo contra ciberataques não pode ser deixado em segundo plano e requer uma atenção especial. Por esse motivo, algumas empresas especializadas têm se demonstrado extremamente relevantes nesse sentido, pois trazem uma gama completa de maneiras para preservar o ambiente cloud e evitar o vazamento de dados, seja em grandes corporações ou nos negócios de pequeno e médio porte.

Dentre essas soluções, estão, por exemplo, métodos de proteção das identidades e credenciais ao acessar as aplicações. Ou seja, há sistemas que auxiliam a restringir o acesso à nuvem às pessoas que têm permissão para entrar naquele meio. Outra vantagem dessas tecnologias também está no quesito comportamental, pois ajudam a educar os colaboradores sobre a segurança da informação. No processo, os funcionários das companhias mudam pequenas atitudes do dia a dia que fazem toda a diferença em um âmbito geral. Nesse caso, eles são orientados e induzidos a sempre optarem por senhas fortes, a não acessarem as plataformas por várias máquinas e até a serem cautelosos no momento de compartilharem informações com terceiros.

Não há como prever os próximos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas é certo que ela deixará cicatrizes profundas no mercado de segurança da informação. Portanto, o impacto do serviço de nuvem se torna ainda maior dentro desse contexto. As companhias cada vez mais percebem que nunca foi tão fácil manter a infraestrutura e os usuários seguros de forma tão rápida e escalável, sem a dependência direta de equipamentos físicos. Com uma solução prática e barata como o ambiente cloud bem a nossa porta, as empresas que estão sofrendo com fornecedores atrasando entregas e prejudicando a demanda devem repensar seriamente sobre os métodos referentes ao armazenamento de dados que atualmente utilizam.

*Carlos Giliarde é diretor Comercial e Marketing da Compugraf

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