Bússola

Um conteúdo Bússola

Gerir a crise de quem precisa sair de casa vai além da discussão sobre lockdowns

Isolamento social funciona, como demonstra o caso de Araraquara, mas é impossível suprimir indefinidamente o contrato entre pessoas

Ruas de Recife na pandemia do Covid-19 (Andréa Rêgo Barros/PCR/Divulgação)

Ruas de Recife na pandemia do Covid-19 (Andréa Rêgo Barros/PCR/Divulgação)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 9 de março de 2021 às 19h41.

Última atualização em 9 de março de 2021 às 19h47.

Araraquara, em São Paulo, foi uma das cidades brasileiras que mais prematuramente adotaram restrições draconianas para o isolamento social nesta segunda onda de covid-19. E agora a taxa de contaminação pelo novo coronavírus parece declinante.

Isolamento social funciona, pois se a pessoa infectada não entra em contato com alguém ainda imunologicamente desprotegido o vírus não tem como se transmitir. Essa é uma verdade absoluta. O problema? É impossível suprimir indefinidamente os contatos entre pessoas.

Pois ninguém pode depender só de si mesmo para a sobrevivência. Para cada um de nós que está em home office, seguindo rigidamente as orientações dos especialistas, quantos homens e mulheres precisam ir trabalhar todos os dias exatamente para que nós possamos ficar em casa?

Criticam-se, e a crítica é mais que correta, as aglomerações desnecessárias em tempos de pandemia. Mas, e as pessoas que se aglomeram porque não têm opção? E os milhões que dependem, por exemplo, do transporte coletivo e cujo trabalho é essencial para a sociedade continuar funcionando?

Gerir bem este tipo de crise vai muito além de decretar lockdowns.

*Alon Feuerwerker é analista política da FSB Comunicação

Siga Bússola nas redes: Instagram | LinkedinTwitter  |   Facebook   |  Youtube

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusPandemia

Mais de Bússola

Estratégia ESG: como a Petlove reduziu 42% dos resíduos gerados

Bússola Cultural: Martin Luther King, o musical

Entidades alertam STF para risco jurídico em caso sobre Lei das S.A

Regina Monge: o que é a Economia da Atenção?