"Mercado de carbono protege planeta da emergência climática", diz Carlos Nobre. (Arnaldo Kikuti/Divulgação)
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Publicado em 13 de junho de 2023 às 12h30.
A Future Carbon Group, primeira climate business brasileira a oferecer uma plataforma completa de geração de créditos de carbono e estratégias de descarbonização, quer agora liderar o setor na construção de um mercado de carbono 2.0, adotando as melhores práticas internacionais e garantindo a geração de créditos de carbono de alta qualidade, que combinam a mais alta integridade e alto impacto ambiental e social.
Para isso, o Conselho de Administração adotou como política corporativa os Core Carbon Principles (CCPs), princípios fundamentais do carbono recém-lançados como norteadores do mercado internacional, desenvolvidos pelo Integrity Council for the Voluntary Carbon Market (ICVCM), órgão de governança independente.
Para acompanhar a implantação da política, a empresa criou um Comitê Independente de Alta Integridade, que será presidido pelo cientista das áreas climáticas e ambiental Carlos Nobre, considerado o maior pesquisador sobre a floresta amazônica e uma das maiores referências em mudanças climáticas do mundo. Carlos Nobre também faz parte do Conselho de Administração da empresa.
"Quando se garante a integridade nos mecanismos da geração dos créditos, você torna muito mais confiável o mercado de carbono como um todo. Na prática, quem vai investir no mercado de carbono, se sente muito mais confiante quando existe um comitê de alta integridade, porque estabelecemos que tudo vai ser muito verificado, todos os créditos vão ser muito validados”, diz Carlos Nobre.
Os CCPs compreendem um conjunto de princípios e indicadores reconhecidos pelo mercado internacional como um meio confiável e rigoroso de identificar créditos de carbono que geram impacto climático positivo, real e verificável, com base nas melhores práticas do mercado e em dados científicos recentes. Dentre os princípios desenvolvidos pelo ICVCM, as boas práticas de Governança, a mensuração dos Impactos das Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) e a salvaguarda de ações sustentáveis que levam em consideração condutas sociais e ambientais são as principais características avaliadas durante a análise da integridade dos projetos.
O principal papel do Comitê é apoiar a empresa na integral aplicação da nova metodologia em todos os projetos desenvolvidos pela Future Carbon, de forma complementar e independente ao time de especialistas, garantindo transparência e accountability aos stakeholders. “A Future Carbon pretende ser parte da solução da agenda de transição climática global e tem a ambição de gerar o melhor crédito de carbono do mundo. Por isso aderimos ao mais alto standard de integridade global, para que nossos stakeholders tenham acesso a créditos de carbono de alta qualidade, o chamado crédito de carbono 2.0”, afirma o CEO da Future Carbon, Fábio Galindo.
Na prática, o trabalho implantará um modelo de indicadores multidimensionais de integridade, contemplando a apresentação de projetos apenas à standards reconhecidos pela comunidade científica global, utilização de premissas técnicas consistentes nos projetos, realização de due dilligence em 4 camadas (jurídica, fundiária, ambiental e social), e também indicadores de impacto social e ambiental.
“A integridade é transversal em todo o desenvolvimento e gestão do projeto de carbono. Desde a escolha do parceiro (know your client), passando pela diligência e adoção de premissas técnicas consistentes no seu desenvolvimento e chegando ao verdadeiro resultado de um projeto de carbono que é o impacto ambiental na conservação da floresta em pé e da biodiversidade e, sobretudo, o impacto social, sendo o crédito de carbono uma poderosa ferramenta de transformação da vida das pessoas que vivem na floresta”, declara Galindo.
Os mais de 60 projetos administrados pela Future Carbon já possuem marcadores que garantem a redução certificada das emissões dos Gases do Efeito Estufa. Agora, com a implementação do Comitê, passarão a ter mais uma camada auditoria interna, para ratificar que estão sendo conduzidos de acordo com os princípios centrais que regem o mercado de carbono.
“Por que existem mercados de carbono no mundo? Para combater a emergência climática. Então, é quase um mercado que surge para salvarmos o planeta. Se nós não retirarmos bilhões de toneladas de gás carbônico da atmosfera a cada ano, vamos passar muito do 1,5 grau do aquecimento global e corremos um risco imenso, o maior risco que a humanidade já correu. Ainda dá tempo, mas não dá para adiar mais, jogar para o futuro”, diz Nobre.
Dessa forma, o time de especialistas da empresa está desenhando um modelo de gestão personalizado, seguindo os padrões internacionais e a realidade de cada cliente com o propósito de monitorar o processo de desenvolvimento desse crédito para potencializar sua performance climática e seu impacto social. Todos receberão um selo de adequação, o que significa o ponto de partida para uma nova etapa deste mercado, a geração de créditos de carbono premium.
“Os projetos já foram escritos com base nas melhores metodologias e padrões técnicos do mercado e o que os especialistas da Future estão fazendo é uma atualização, uma vez que o Core Carbon Principles foi lançado neste último mês. Investindo na integridade, transparência e accountability, criamos um Comitê para fazer um monitoramento dessa agenda. Estamos fazendo um double check dos projetos que já atendem a esses requisitos”, afirma Galindo.
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