Debate sobre a dependência do Brasil de insumos importantes está sendo relegada na comissão da CPI da Covid (Amanda Perobelli/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2021 às 19h26.
Última atualização em 17 de maio de 2021 às 19h33.
Por Alon Feuerwerker*
A boa notícia do momento é que nos próximos dias devem chegar lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de vacinas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan (leia). Quem diz é o Ministério da Saúde.
A AstraZeneca/Oxford e a Coronavac dependem de importar o produto. E num quadro internacional de escassez relativa de vacinas isso é um permanente desafio.
Alentador que já esteja contratada para futuro próximo a situação na qual o Brasil conseguirá produzir vacinas sem depender desse tipo de importação. Aliás, é um debate que vem sendo relegado na Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da covid-19.
O depoimento da Pfizer foi claro ao descrever a lentidão das respostas do governo federal. Mas infelizmente não pôde esclarecer por que a oferta de imunizantes ao Brasil foi de início tão desproporcional ao que se ofereceu, por exemplo, para os Estados Unidos.
Além da verificação de responsabilidades a respeito de ações passadas, será positivo se a CPI puder oferecer sugestões concretas e caminhos sobre o que o Brasil precisará fazer para essa situação de dependência aguda ser evitada no futuro, em situação semelhante.
*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação
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