Célula irá desenvolver soluções personalizadas, como consultoria e planejamento de inclusão, palestras e mentorias (Maskot/Getty Images)
Bússola
Publicado em 1 de abril de 2022 às 12h31.
Última atualização em 1 de abril de 2022 às 14h08.
Dos CEOs ativos de grandes empresas, 90% são homens e brancos, é o que aponta a pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC), em 2021. O levantamento confirma a baixa representatividade de mulheres e negros na alta gestão e reforça a necessidade de ações afirmativas focadas também nas lideranças. Neste sentido, a Fesa Group criou uma célula de negócio focada na promoção da diversidade e inclusão (D&I).
Para Jaime Caetano de Almeida, diretor e sócio da Fesa Group, que será o responsável por liderar a Célula de D&I, o Brasil é um dos países mais diversos do mundo e o cenário corporativo deve ser um reflexo de nossa sociedade. Por isso, é preciso buscar representatividade desses grupos nos ambientes corporativos. “Isso só acontecerá com o entendimento e a prática da diversidade e inclusão em altos cargos executivos e nos conselhos de administração”, diz.
E o perfil com baixa representatividade, inclusive, se repete nas posições que estão conectadas diretamente com os CEOs nos organogramas das empresas. Ainda de acordo com a análise da FDC, nesse grupo hierarquicamente abaixo, a maioria — 80% dos casos — têm menos da metade da equipe formada por mulheres. No caso específico de gênero, a baixa presença de mulheres no pipeline de liderança dificulta a sucessão para a posição de CEO, segundo os pesquisadores.
“Temos um propósito ambicioso de nos tornarmos uma ponte entre profissionais de grupos sub-representados às posições de liderança nas grandes empresas brasileiras e multinacionais que tenham a diversidade e a inclusão como pilar estratégico em seu desenvolvimento e posicionamento de justiça social”, declara Carlos Guilherme Nosé, CEO e sócio da Fesa Group.
A diversidade de gênero, étnica e cultural na equipe de liderança está correlacionada com a lucratividade, de acordo com dados da McKinsey. A consultoria analisou a diversidade racial e cultural em seis países em que a definição de diversidade étnica era consistente. Foi verificado que as empresas com as equipes executivas de maior diversidade étnica — não só em termos de representação absoluta, mas também de variedade ou mistura de etnias — têm probabilidade 33% maior de superar seus pares em termos de lucratividade.
Igualmente ocorre com as empresas com maior diversidade de gênero, elas têm probabilidade 27% maior que a média dos competidores do setor de ter maior lucratividade.
“Diversidade não é caridade, é decisão estratégica nas práticas de ESG. É preparar as empresas para atuar com resultados bem acima das médias de seus mercados”, diz Jaime.
Além do recrutamento de executivos de grupos sub-representados como pessoas com deficiência, mulheres, pessoas negras, faixa etária 50+ e LGBTQIA+, a nova divisão irá desenvolver soluções personalizadas como, consultoria e planejamento de inclusão, palestras e mentorias para grupos de afinidades e para as lideranças, e muito mais.
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