Além do apoio financeiro, o projeto visa o apoio técnico, oferecendo cursos e orientações às empreendedoras (Thomas Barwick/Getty Images)
Bússola
Publicado em 26 de julho de 2021 às 18h16.
A rede Extra, por meio do Instituto GPA e em parceria com a Fundação Tide Setubal, aumentou o investimento na capacitação de mulheres negras periféricas. Além de um curso para apoiar na formação e orientação destas empresárias, as edições deste ano do programa Empreendedoras Periféricas terão aumento na quantidade de empreendedoras selecionadas, assim como dos valores aportados, que agora são de R$ 5 mil a R$ 10 mil dependendo do número de mulheres impactadas.
Lançado em 2020, o programa já conseguiu apoiar 36 empreendedoras em pouco mais de um ano de atividade, 17 empreendimentos na edição de 2020, e nesta primeira edição de 2021, são 19 empreendimentos, de oito estados brasileiros.
O início da segunda edição de 2021 do Empreendedoras Periféricas está previsto para a primeira semana de agosto e contará com a participação de 26 empreendedoras, de seis estados brasileiros, que foram pré-selecionadas no começo deste ano.
“Com a ampliação do programa Empreendedoras Periféricas, fortalecemos as iniciativas econômicas de mulheres negras para a manutenção dos seus empreendimentos neste cenário tão complexo da economia nacional. Com o projeto, buscamos também contribuir para o desenvolvimento de mais mulheres, que inspiram outras mulheres, e fortalecem essa rede de empreendedorismo negro feminino no país”, declara Renata Amaral, Gerente do Instituto GPA.
As edições deste ano do Empreendedoras Periféricas tiveram a ampliação do tempo de capacitação, que agora é de quatro meses de formação, com oferecimento de oficinas semanais sobre gestão, educação financeira e comunicação.
Uma das participantes da primeira edição de 2021 é Wemmia Anita Lima Santos, de Ceilândia, Brasília — Distrito Federal, uma das fundadoras da RAIX, empreendimento de roupas que compreende também plataforma digital de fomento à cultura periférica no Distrito Federal. “Pra gente é super importante ser fortalecido pelo projeto do Empreendedoras Periféricas, considerando que a gente vai ter maior alcance e, quiçá, escalabilidade para sair do nicho da Ceilândia e expandir para outras regiões administrativas e o entorno”. Atualmente, o negócio impacta várias mulheres, tanto pela rede compartilhada quanto através da contratação de colaboradoras e fornecedoras periféricas.
Luanda Fernandes Maciel, de Olinda, em Recife, é outra empreendedora apoiada pelo programa. Ela é dona do Adupé Café e Arte, um local que engloba uma cafeteria e espaço cultural que busca promover encontros e debates para mulheres. “Acredito que o Café Adupé tem potencial para virar um grande polo de encontro, um espaço onde a gente preza pela liberdade e diálogo”, diz. “E o Empreendedoras Periféricas vai contribuir muito para acertar as contas, fortalecer a divulgação do nosso espaço e firmar a marca no bairro”, afirma sobre sua participação no projeto.
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