Bússola

Um conteúdo Bússola

EUA sem gripe. E o mistério argentino

Coluna de Alon Feuerwerker comenta a inexistência da temporada de gripe comum nos Estados Unidos e a queda prevista do PIB da Argentina em 2020

 (Ricardo Ceppi/Getty Images)

(Ricardo Ceppi/Getty Images)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 19h37.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 21h18.

Um efeito pouco explicado da Covid-19 nos Estados Unidos é praticamente ter inexistido a temporada da gripe comum. O número de casos de gripe está em queda livre (leia). Motivos possíveis: 1) o distanciamento social e medidas como o uso de máscaras, 2) o potente SARS-CoV-2 ter eliminado a, digamos assim, concorrência na disputa pelo mercado viral e 3) mais gente se vacinou contra gripe.

Ou outro motivo qualquer.

A Covid-19 ainda nos reserva certamente muitas surpresas, e será papel da ciência chegar às necessárias conclusões. Sempre respeitando o rigor científico. E uma das regras dele é não escolher os achados que comprovam nossas teorias, nem afastar os que eventualmente possam colocar em risco nossas premissas. Por mais que a vida, com seus fatos sempre teimosos, conspire para derrubar nossas certezas absolutas.

Por falar nisso, hoje saiu a previsão do recuo do PIB da Argentina em 2020: -10%. Mais que o dobro do previsto para o Brasil. E o duro e extenso lockdown dos vizinhos não vem impedindo que estejam empatados conosco nas mortes por milhão de habitantes causadas por Covid-19.

Não seria razoável concluir apressadamente, só a partir do caso argentino, que lockdowns não funcionam. Mas tampouco será aceitável fingir que nada de inusual está acontecendo ali.

*Analista político da FSB Comunicação

Siga Bússola nas redes:  InstagramLinkedin  | Twitter  |   Facebook   |  Youtube 

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCrise econômicaEstados Unidos (EUA)PandemiaPIB

Mais de Bússola

Entidades alertam STF para risco jurídico em caso sobre Lei das S.A

Regina Monge: o que é a Economia da Atenção?

Brasil fica na 57ª posição entre 67 países analisados no Ranking Mundial de Competitividade Digital 

Gilson Faust: governança corporativa evolui no Brasil, mas precisa de mais