Atualmente, já são mais de 36 milhões de brasileiros acima de 60 anos (oneinchpunch/Thinkstock)
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Publicado em 15 de julho de 2024 às 07h00.
O Investimento Social Privado (ISP) é uma poderosa ferramenta para o comprometimento com uma estratégia ESG focada na responsabilidade social. Ele consiste na movimentação de recursos privados para fins públicos.
Segundo a professora associada da Fundação Dom Cabral e coordenadora do FDC Longevidade, Michelle Queiroz Coelho, empresas brasileiras poderiam abater 100% do imposto de renda fazendo ISPs em leis de incentivo fiscais federais como o Fundo Nacional do Idoso.
E este fundo, em particular, é um dos que mais precisa de atenção. Segundo o estudo “Investimentos Sociais Privados e a Longevidade”, da FDC, apenas 26% das empresas investem nesse projeto de ações que promovam o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas 60+.
Segundo dados do Censo GIFE, em 2022, as empresas brasileiras investiram cerca de R$ 4,8 bilhões por meio de ISPs.
Desse montante, apenas 10% foi direcionado a leis de incentivo fiscal. Dessa parcela, por sua vez, menos de um terço chegou a projetos como o Fundo Nacional do Idoso.
Segundo o levantamento, seja em nível federal, estadual ou municipal, o foco das leis de incentivo fiscais utilizadas pelas empresas está no setor da cultura e no público jovem.
Atualmente, já são mais de 36 milhões de brasileiros acima de 60 anos e, em 2050, o Brasil será o sexto país mais velho do mundo, segundo o IBGE.
Há oportunidades de investimento direto e via leis de incentivo fiscal que poderiam beneficiar a população idosa, mas que ainda são desconhecidas pelas empresas.
Quando se fala da responsabilidade social dentro de estratégias ESG, o investimento nos projetos voltados para os 60+ representa uma janela de oportunidade para o impacto social genuíno.
“Se, por um lado, as empresas que investem no social têm ganhos na imagem da sua marca, conseguem atrair os melhores talentos e manter relacionamentos mais profundos com seus clientes, por outro, elas criam vantagens competitivas sólidas, reduzem seus riscos reputacionais e garantem sustentabilidade dos seus negócios no longo prazo”, conclui a vice-presidente de educação social na FDC, Ana Carolina de Almeida.
A íntegra do e-book com a pesquisa pode ser consultada aqui.
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