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Empresas são feitas para durar

Empresas têm de ser maiores que qualquer indivíduo; têm de ser pensadas para durar, atravessar mudanças de mercado e crises

Líderes precisam compreender que devem deixar um legado (John Lamb/Getty Images)

Líderes precisam compreender que devem deixar um legado (John Lamb/Getty Images)

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Publicado em 10 de junho de 2022 às 15h30.

Última atualização em 10 de junho de 2022 às 15h37.

Por Carlos Guilherme Nosé

Estive pensando bastante sobre o que trazer para a coluna deste mês e, talvez pela influência de um amigo próximo, em uma conversa animada sobre longevidade e o sucesso de um negócio, tenho questionado quais são os motivos que fazem uma empresa durar. E, daí veio o insight deste mês em que vamos refletir sobre esses questionamentos. Já existe muita literatura sobre o tema e cito aqui o best-seller do pesquisador e escritor americano Jim Collins Feitas para Durar. Mas será que essas obras continuam atuais? O mundo mudou tanto nos últimos dois anos, será que o consumidor não segue novas tendências, espera novas experiências e até mesmo novas soluções?

Quando achávamos que o caminho do novo modelo de trabalho seria o modelo híbrido, que foi adotado por boa parte das empresas ao redor do mundo, vemos a notícia sobre a determinação do empresário americano Elon Musk obrigando seus colaboradores a voltarem 100% para o modelo presencial. Mas espere aí, a Tesla não é a empresa visionária, que quebra paradigmas na indústria automobilística? O Elon Musk não é considerado o novo Steve Jobs com suas ideias ultra avançadas e corajosas?

Em minha modesta opinião, uma empresa precisa ter muito claro seu propósito — e já falamos disso em outra oportunidade aqui na coluna, seu estilo de gestão e principalmente praticar isso no dia a dia. Tenho dito que ter uma empresa com bons valores, bons propósitos e boas pessoas, com certeza fará a diferença. Líderes que entendam que eles não são diretores, eles estão dirigindo. Líderes que entendam que sua passagem pela posição é para deixar um legado, uma evolução, seja na empresa, seja na vida dos que o cercam. Receber um bônus? É consequência de um trabalho equilibrado, não pode ser seu único objetivo. Resultado é consequência.

A empresa tem de ser maior que qualquer indivíduo. Ela tem de ser pensada em como durar. Em como atravessar as mudanças de mercado, crises etc. Equilibrar o curto prazo com o longo prazo é um baita desafio, mas quando nós líderes fazemos isso com propósito e com boas pessoas ao nosso lado, com certeza a tarefa fica mais fácil.

Para a Fesa Group, esse caminho tem sido próspero. Neste mês de junho, completamos 27 anos de história, dedicação e conquistas. Lá atrás, quando nosso fundador Alfredo José Assumpção inovou ao criar o conceito de empresa de recrutamento especializada em executivos do setor financeiro, talvez ele não imaginasse que usaríamos hoje nossa expertise também para ajudar na empregabilidade de jovens, por exemplo.

Ao lado de bons profissionais, que sempre acreditaram no propósito de impactar positivamente a vida das pessoas, nós ampliamos nosso escopo de atuação, sempre atentos ao mercado e a demanda dos novos tempos. Indo do recrutamento de executivos até nos tornarmos um ecossistema completo, da contratação à aposentadoria. E isso se deu pois o propósito sempre esteve diretamente ligado às boas pessoas.

Acredito que o questionamento lá atrás, que surgiu em uma conversa com um amigo, se complementa com este exemplo que tenho dentro da minha própria casa. Eu espero que isso possa te inspirar e ajudar para que o seu negócio ou projeto pessoal seja próspero e longevo, assim como o nosso.

*Carlos Guilherme Nosé é CEO da Fesa Group

 

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