Mulheres tem presença de menos de 20% no setor elétrico. Empresas visam mudar este cenário (sturti/Getty Images)
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Publicado em 11 de abril de 2025 às 07h00.
Com cerca de uma mulher para cada quatro homens, o setor elétrico é historicamente mais masculino do que feminino. Mas novas iniciativas de empresas de energia têm mudado o cenário.
Essas ações são parte da crescente importância do conceito de ESG, ou “Ambiental, Social e Governança”, que só em 2024 cresceu 24%, com sete em cada dez empresas brasileiras adotando iniciativas dentro da sigla.
As ações ESG visam promover inclusão e impacto social positivo, além de garantir sustentabilidade para os negócios e a economia global.
Listamos, a seguir, três iniciativas que dão destaque para as mulheres no setor elétrico.
Em Cuiabá (MT), a Energisa formou neste início de ano a sua primeira turma 100% feminina no curso de eletricista de distribuição.
Mais de 20 mulheres participaram da capacitação gratuita, com cinco meses de duração — três deles realizados no Senai e os dois finais no centro de formação da própria empresa.
Junto à qualificação, todas as alunas foram contratadas desde o início do curso. A postura da empresa visa o compromisso com a empregabilidade e o protagonismo feminino dentro da companhia.
“Durante a formação eu cresci tanto profissionalmente como pessoalmente. Ser eletricista hoje pra mim é uma oportunidade que vou abraçar e vou servir com alegria e amor”, relata Giovana Martins da Silva, uma das alunas contratadas.
A Neoenergia aposta na capacitação há mais de dez anos. A empresa criou a primeira escola de eletricistas voltada exclusivamente para mulheres.
Reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial como exemplo global em diversidade, equidade e inclusão, a escola também já recebeu o selo dos ‘Princípios de Empoderamento das Mulheres’, promovido pela ONU Mulheres, OIT e União Europeia.
Os cursos são realizados gratuitamente em parceria com o Senai e, em São Paulo, com a Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), e aliam teoria e prática para uma formação técnica completa.
O Grupo Equatorial também tem reforçado sua atuação nesse cenário ao garantir, por meio do Programa Escola de Eletricistas, a participação ativa de mulheres nos cursos profissionalizantes.
“O Programa Escola de Eletricistas tem sido essencial para abrir novas portas, especialmente para as mulheres, que hoje ocupam um espaço cada vez mais significativo e representativo”, diz Fernanda Sacchi, diretora de gente e gestão do Grupo Equatorial.
A diversidade é uma das prioridades do programa, que busca abrir portas, romper estigmas e valorizar talentos femininos nas sete regiões onde a companhia atua.
O Grupo Equatorial acaba de abrir as inscrições para a edição 2025 da Escola de Eletricistas, com 400 vagas distribuídas entre os estados de Alagoas, Amapá, Maranhão, Pará, Piauí, Goiás e Rio Grande do Sul.
O programa oferece ajuda de custo para os alunos. Este ano o curso conta com novos cursos técnicos e um acompanhamento pós-formação, com foco na empregabilidade das mulheres, e homens, eletricistas e no mapeamento da trajetória dos alunos formados.
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