(Protege/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2021 às 15h25.
Última atualização em 4 de junho de 2021 às 06h58.
Por Bússola
São Paulo será a primeira cidade do mundo a contar com um carro-forte 100% elétrico. Durante 18 meses, profissionais do Grupo Protege, empresa nacional de segurança privada, em conjunto com a Eletra Industrial e a MIB Blindados, desenvolveram um veículo blindado para transporte de valores com sistema de tração elétrica pura. As empresas investiram mais de R$ 1 milhão e utilizaram tecnologia 100% nacional.
O modelo conta com um motor elétrico WEG 250L e é um retrofit de um chassi de carro-forte a diesel retirado de circulação, mitigando danos ambientais e incentivando o reaproveitamento de peças. Todos os elementos que não foram contemplados no novo projeto, como motor a combustão, por exemplo, foram destinados para reciclagem.
“Trata-se de um projeto que olha para o futuro, alinhado com uma tendência mundial de pensar em soluções de menor impacto ambiental”, diz Marcelo Baptista de Oliveira, presidente do Grupo Protege. “Além da emissão zero e do investimento em tecnologia 100% nacional, fizemos o retrofit de um chassi desmobilizado e encaminhamos o motor diesel e o sistema de transmissão anteriores para reciclagem.”
O protótipo conta com autonomia de 75 quilômetros, tempo de recarga plena de duas horas e meia e emissão zero de gases poluentes na atmosfera. Quando o veículo se encontra em operação, o sistema de baterias é continuamente recarregado pela tecnologia de frenagem regenerativa. Essa tecnologia amplia a autonomia do veículo e consome menos energia elétrica para o abastecimento. Também foi instalado, estrategicamente, um carregador fixo na base operacional do Grupo Protege na capital paulista.
Um dos principais impactos do carro-forte elétrico é o benefício para o meio ambiente. A redução média na emissão de carbono será de 1,4 tonelada de CO₂ por mês. Inspirado na evolução da indústria automobilística, com a fabricação de ônibus e caminhões elétricos, o carro-forte elétrico é tracionado por um motor elétrico cuja única fonte de energia é um banco de baterias, instalado no veículo.
“Esse é um projeto inédito em nível mundial e é muito importante para a eletromobilidade no Brasil. É um sinal de que o país tem todas as condições tecnológicas para investir de forma inovadora, com tecnologia nacional, para alinhar-se à grande onda do transporte elétrico no mundo”, diz Iêda de Oliveira, diretora-executiva da Eletra, empresa brasileira de ônibus elétricos e híbridos.
A substituição do diesel por tração puramente elétrica também refletirá nos custos operacionais: o Grupo Protege tem uma expectativa de redução de 65% no valor gasto por quilômetro rodado. Além da economia de combustível, outra possível vantagem que será estudada no projeto piloto é a performance operacional do veículo, uma vez que o sistema de tração elétrica requer, em tese, menor tempo de parada para manutenções.
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