Lide Futuro reúne empreendedores para fomentar melhores práticas (Lide Futuro/Reprodução)
Bússola
Publicado em 28 de setembro de 2022 às 12h02.
Última atualização em 28 de setembro de 2022 às 13h21.
Por Bússola
Nos últimos anos, o mercado tem passado por constantes transformações que parecem ocorrer cada vez mais rápido. Neste cenário, o que esperar da liderança do futuro? Como esses líderes podem ajudar a mudar o futuro do nosso país, por meio dos negócios que geram e atuam?
Para fomentar essa mudança e incentivar a construção de um ecossistema mais diverso, inclusivo e sustentável, os participantes da primeira edição do Summit Future is Now, evento idealizado pela empreendedora e presidente do Lide Futuro, Laís Macedo, criaram importantes momentos de diálogo para fomentar melhores práticas, compartilhar know-how e fortalecer seus objetivos de impacto e transformação enquanto líderes de grandes empresas.
Durante todo o evento, foi presente a fala sobre o poder que existe nas mãos das lideranças brasileiras para tornar o ambiente empresarial cada vez mais diverso, inclusivo, inovador e justo, ampliando as oportunidades de desenvolvimento do País. Para grande parte dos líderes é preciso que as empresas se reinventem a todo momento, adotando novas tecnologias e estratégias, mantendo sempre as pessoas no centro das organizações. Confira o que eles disseram:
Edu Lyra, fundador da Gerando Falcões
"Eu acredito que a liderança do futuro deve criar negócios que deixem um impacto não só tecnológico, mas social. A próxima revolução é social, tem que ser social, essa é a única forma de sobreviver: ou a gente faz ou a gente faz. A pobreza está aumentando, a desigualdade, o número de pessoas passando fome também e a gente precisa dar uma resposta pra isso. Pra mim, essa nossa geração precisa confrontar, desafiar o status quo e construir um modelo de liderança focado em negócios inclusivos, por meio de iniciativas que celebrem a diversidade, a inclusão, a preservação do planeta, redução da desigualdade. Todo mundo tem que achar uma forma de ter, no core do seu negócio, impacto social. Essas serão as empresas desejadas pela nova geração."
Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black
"Construir o futuro é nossa responsabilidade, como líderes, pais e cidadãos. Eu acredito em microrrevoluções que geram grandes transformações, assim é desde que o mundo é mundo. Um espaço como esse Summit, que coloca líderes para desenhar novos futuros é mais do que necessário! Passar por esse evento e todas as construções que ele gerou, me deixa muito feliz. O meu conselho é para que cada um comece a transformação ao seu redor. E para isso: use e abuse da intencionalidade!"
Neivia Justa, líder de cultura, diversidade e inclusão da UnitedHealth Group
"O conselho que eu deixo é: eu acredito que todas as pessoas carregam privilégios e preconceitos, e a gente não tem culpa do que a gente carrega. Mas a partir do momento em que tomamos consciência de quais são os nossos privilégios e os nossos preconceitos, precisamos transformar discurso em prática e intenção em ação. Nós precisamos usar o nosso lugar de privilégio e de poder, enquanto liderança, para transformar a realidade. Esse é o meu chamamento para todos os líderes, de hoje e do futuro, desse país."
Lais Macedo, presidente do Lide Futuro
"Eu acredito que a liderança do futuro é formada por tomadores de decisão conscientes da enorme potência que nós temos nas mãos para gerar grandes mudanças. O futuro é usar essa força para apoiar a transformação e parar de endossar e repetir a bolha que já existe: uma bolha que não olha para a diversidade, que não olha para o meio ambiente e que não olha para as pessoas. O meu principal objetivo com o Summit é ser ponte para impactar, de fato, o ambiente empresarial e, consequentemente, a sociedade."
Ivan Moré, jornalista e podcaster no Desobediência Produtiva
"Para a liderança do futuro, é preciso ter um comportamento muito mais conectado com a evolução dos tempos que a gente vive, não ligado somente a tecnologia, mas com tudo o que está relacionado à inovação. E inovação reflete comportamento também. Para isso, se provocar o tempo inteiro e entender quais são as tendências do mercado para trazer como modelo de liderança para o seu ecossistema e para a sua empresa é algo imprescindível na nossa rotina como líderes. Vivemos um momento de extrema transformação e a reinvenção é necessária."
Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher empreendedora
"A liderança do futuro tem que ser uma liderança consciente, que olhe para o que está acontecendo a sua volta e na sociedade e que não ache que a empresa é separada do lugar onde ela vive, do país, estado e/ou cidade em que ela está. A liderança do futuro tem que ser diversa, inclusiva, que pensa em justiça social e que seja, de verdade, comprometida com o que acontece no nosso país. A verdade é que não vamos conseguir mudar o Brasil só com o governo mudando, ou só com os cidadãos mudando, ou só com as empresas mudando, a gente só vai conseguir mudar o país com a conexão de todas as pessoas querendo fazer o melhor, juntas em único propósito."
Fabiana Ramos, PinePR
“Tenho três conselhos principais para as lideranças do futuro: 1 - Preze pela diversidade da empresa: garantir salários igualitários para homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo e oferecer oportunidades para todos os gêneros são atributos que todos os líderes deveriam priorizar; 2 - Aposte na capacitação das mulheres: treinar as mulheres dos times para serem líderes e combaterem diariamente a síndrome da impostora; E, por último, crie desde já uma cultura ESG: a governança ambiental, social e corporativa está cada dia mais em alta e as empresas e líderes que investem em ESG estarão sempre à frente da concorrência.”
Tiago Alves, CEO da Regus & Spaces Brasil
"Com base em tudo o que a gente ouviu nesses três últimos dias aqui no summit, a liderança do futuro tem que estar galgada em três principais pilares: diversidade — afinal de contas não dá para gente esperar o mundo perfeito para que as empresas sejam então diversas e inclusivas; tecnologia — percebemos que o futuro tá aí, o futuro é agora e as tecnologias estão cada vez mais mudando a nossa realidade; e, por último, em gente — porque sem as pessoas não vamos chegar a esse futuro que tanto falamos. Eu espero que, um dia, alguém lá de 2030 possa voltar e ouvir o que estamos discutindo e celebrar que contemplou esses três pilares e achatou a curva, conseguiu chegar mais rápido no sucesso."
Dani Junco, CEO e Fundadora da B2Mamy
“Para mim, a liderança do futuro é humana e focada em criar ambientes seguros que garantam a saúde emocional de seus times, que devolvem com paixão e performance o trabalho que precisa ser entregue.”
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