Brasil tem quase 28 milhões de praticantes de e-sports. (Riot Games/Getty Images)
Bússola
Publicado em 26 de junho de 2021 às 11h00.
O mercado de e-sports vem crescendo cada vez mais e se posicionando como um dos principais players do mundo esportivo. Dados levantados pela consultoria Alvarez & Marsal apontam que o setor deve faturar US$ 1,1 bilhão em 2021, um aumento de 14,5% na receita global, ultrapassando a economia mundial (5,5%). O segmento foi um dos que menos sofreu com a pandemia, registrando uma queda de apenas 1,09% em 2020 em relação ao ano anterior, passando de US$ 957,5 milhões para US$ 947,1 milhões. E, com a modalidade ganhando cada vez mais notoriedade, a previsão é que as receitas alcancem US$ 1,6 bi até 2024.
A China é o principal mercado do e-sports, gerando US$ 385 milhões em receitas, seguido dos Estados Unidos com US$ 253 milhões. Patrocínio e receitas de TV são as principais fontes de arrecadação do e-sports, representando 59% e 18% do faturamento total, respectivamente. Mas outros elementos contribuem para o faturamento, como explica o diretor da Alvarez & Marsal Leonardo Coelho, líder da área de esporte e entretenimento da consultoria.
“Bilheteria e merchandising, assim como eventos, compõem uma boa parcela do faturamento do e-sports. Um diferencial da modalidade é a receita por venda de itens in-game, em que parte da receita é destinada às equipes, sendo uma característica exclusiva dos esportes eletrônicos”, diz Coelho.
E não é só em faturamento que o e-sports ganha. O número de praticantes e entusiastas também deve subir, passando dos atuais 474 milhões para 577 milhões em 2024. O Brasil deve fechar 2021 com 27,9 milhões de adeptos da modalidade, apresentando um crescimento de 52,5% nos últimos três anos. A audiência também aumenta cerca de 16% ao ano. No Brasil, o principal fator que impulsiona é a transmissão dos campeonatos por canais esportivos tradicionais como Sportv e ESPN.
“A audiência do e-sports vem crescendo mundialmente ano após ano, e deve chegar a 646 milhões de espectadores em 2023, com maioria chinesa. A pandemia acelerou esse crescimento. Com mais pessoas em casa por conta do lockdown, o e-sports se mostrou uma das poucas opções de esporte e entretenimento que poderiam ser realizadas em segurança”, afirma.
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