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Diretor da KPMG diz que financiamentos devem ser mais confiáveis para avançar preservação ambiental

Felipe Salgado, diretor de descarbonização da empresa, que está na COP 28, em Dubai, apresentou metodologia que mede quantidade de carbono estocado na floresta

“A conversa sobre mercado de carbono precisa dar um passo além, para viabilizar a comercialização do carbono estocado”, afirma Salgado  (Petmal/Getty Images)

“A conversa sobre mercado de carbono precisa dar um passo além, para viabilizar a comercialização do carbono estocado”, afirma Salgado  (Petmal/Getty Images)

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Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 14h05.

Em painel que fechou o dia de debates no espaço brasileiro da COP28, nesta segunda-feira (4), o diretor de descarbonização da KPMG, Felipe Salgado, afirmou que para alavancar investimentos voltados à preservação ambiental os mecanismos de financiamento devem se tornar mais confiáveis.

"É preciso estabelecer credibilidade para destravar os investimentos. A gente vê no mercado uma preocupação para gerar ativos de melhor qualidade. O Brasil quer ser remunerado pelo ativo florestal que preserva e precisa desses ativos para investir na manutenção dos estoques de carbono presentes no bioma”, afirma o executivo.

Nesse sentido, Salgado apresentou no evento uma metodologia de verificação para o mercado de carbono que pode endereçar a questão e destravar investimentos. “O nosso processo verifica questões fundiárias, sociais e trabalhistas. Além disso, também validamos uma metodologia criada pela Unesp para medição mais precisa sobre o teor e quantidade de carbono efetivamente estocado na floresta”.

Mercado de carbono e atração de investimentos

Com o processo será possível reduzir riscos sociais associados ao mercado de carbono, além de viabilizar maior confiabilidade aos ativos, tanto do ponto de vista ambiental (com cálculo mais preciso  do teor de carbono), quanto social (com verificação de questões trabalhistas e outros riscos do tipo) e de governança, por meio da análise de regularidade fundiária.

Desta maneira, acredita Salgado, será possível atrair investimentos para manutenção da floresta em pé, com remuneração pelos benefícios gerados por esse ativo preservado. “A conversa sobre mercado de carbono precisa dar um passo além, para viabilizar a comercialização desse ativo ambiental que é o carbono estocado com preservação das florestas e sua biodiversidade”.

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