Faltam escolas no Brasil que tratem de educação financeira (Getty Images/Reprodução)
Bússola
Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 11h00.
Por Alexandre Milen*
Também conhecido como suitability, o perfil de investidor é uma espécie de análise que identifica as preferências e expectativas em relação aos investimentos de alguém. Ao responder perguntas básicas, como “qual sua tolerância ao risco?” e “por quanto tempo deseja investir?”, é possível apontar em qual categoria a pessoa se encaixa.
Culturalmente, o brasileiro conta com grandes dificuldades quando o assunto é finanças pessoais. A falta de conhecimento sobre o tema é explicada pela ausência do assunto nas escolas e pelo histórico de inflação existente no país no período anterior ao Plano Real. Fatos que fizeram a população não desenvolver o hábito de organizar a vida financeira e se planejar para o futuro.
Com a estabilização da moeda nacional, a economia foi se tornando aos poucos mais comparada com o primeiro mundo. Assim, a população vem cada vez mais percebendo os benefícios de um bom planejamento financeiro. É visível a maior presença do tema na mídia e até nas conversas do dia a dia.
O número de pessoas físicas investindo na bolsa de valores não para de crescer: dobrou em 2020 e já ultrapassou 3,5 milhões de investidores em 2021. Investir e ganhar dinheiro é o sonho de muitas pessoas. Não é à toa que existem diversas histórias de sucesso e fracasso nas jornadas do mercado financeiro. Porém, quando se tem conhecimento, é possível lançar mão de uma experiência segura e palpável.
Para isso, é preciso se organizar e entender bem como é a sua relação entre risco e retorno para jamais fugir dos seus objetivos e desejos para o futuro. O conhecimento sempre começa com ações próprias e no universo dos investimentos não é diferente.
Cada pessoa tem características e possibilidades bem diferentes que podem se encaixar no perfil conservador, moderado ou arrojado. Partindo desses modelos, é possível saber expectativas, tolerância aos riscos, se está preparado para situações inesperadas e, assim, apostar na opção mais aderente.
O perfil do investidor influenciará nas ações que serão compradas e no retorno sobre cada uma. Veja as características dos tipos existentes:
Conservador
Investidores que querem uma renda mais estável devem buscar empresas de setores menos voláteis, como companhias de infraestrutura. Ou seja, o conservador preza mais pela segurança e não se incomoda de abrir mão de parte da rentabilidade, na comparação com outros investimentos mais rentáveis. É natural que esse tipo de investidor conheça a poupança. O que ele não sabe é que as alternativas de maior rentabilidade são tão seguras, ou até mais, que a poupança.
Moderado
O investidor moderado não renuncia à segurança na hora de investir, mas está aberto a maiores riscos para obter melhor rentabilidade.
Agressivo
Os investidores mais agressivos podem optar por segmentos com forte sazonalidade, como o varejo, as companhias aéreas e as empresas de turismo. Esse perfil é perfeito para quem prefere aumentar os riscos em busca de retornos maiores e para as pessoas que gostam de agilidade na hora de investir. O agressivo valoriza muito mais a rentabilidade, ou seja, a possibilidade de ganhar mais dinheiro, enquanto a segurança fica em segundo plano.
*Por Alexandre Milen é CEO da Harami
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