Pessoas caminham com máscaras faciais em frente à Public School, fechada no bairro Queens de Nova York, EUA (Shannon Stapleton/Reuters)
Mariana Martucci
Publicado em 19 de novembro de 2020 às 19h31.
Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 20h16.
Enquanto por aqui os políticos, especialmente onde há segundo turno, procuram relativizar a possibilidade de estarmos vivendo a formação de uma segunda onda de casos e mortes pela covid-19, em Nova York as escolas voltarão a ser fechadas para tentar estancar o avanço da doença (leia).
O SARS-CoV-2 parece mesmo bem resiliente. E faz sentido se usarmos uma lógica até relativamente simples. Mundo afora, as curvas declinaram por uma combinação adequada de um certo grau de imunidade coletiva com algum índice de isolamento e distanciamento social.
Daí o isolamento e o distanciamento foram naturalmente atenuados, até pela duração das medidas, e o vírus voltou a circular mais fortemente e mais facilmente encontrar receptores sensíveis à infecção. O resultado são as curvas ascendentes mundo afora.
Sem contar situações como a da Argentina, que, apesar do duríssimo e extensíssimo lockdown, já supera o Brasil na contabilidade de mortos por milhão de habitantes. Um caso ainda em busca de alguma explicação.
*Analista político da FSB Comunicação
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