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Construção civil investiu mais de R$ 330 milhões em segurança do trabalho em 2024, diz estudo 

Montante representa aumento de 32%, segundo estudo da ABRAINC. Índices de acidentes apontam para resultados positivos do investimento

A indústria investiu mensalmente cerca de R$ 252 em equipamentos de proteção individual (EPI) (Eduardo Frazão/Exame)

A indústria investiu mensalmente cerca de R$ 252 em equipamentos de proteção individual (EPI) (Eduardo Frazão/Exame)

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Publicado em 12 de março de 2025 às 07h00.

O setor de incorporação imobiliária investiu mais de R$ 330 milhões em 2024 para garantir a integridade física de seus colaboradores, um crescimento de cerca de 12,5% sobre 2023 (R$ 296 milhões). 

Os dados são da pesquisa “Acidentes de Trabalho nas Obras”, que ouviu gestores de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) em 898 canteiros de obras por todo o Brasil e foi elaborada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).

  • De acordo com o levantamento, a indústria investiu mensalmente cerca de R$ 252 em equipamentos de proteção individual (EPI)
  • 76.573 trabalhadores da construção foram beneficiados 
  • O investimento em EPI totalizou cerca de R$ 231,5 milhões. 

Ao mesmo tempo, foram empregados ao longo do ano nos canteiros de obras mais de R$ 101,8 milhões em equipamentos de proteção coletiva (EPC), uma média de recursos aplicados da ordem de R$ 9.446 por mês por obra.

A pesquisa da ABRAINC também mostra que, na construção civil, as medidas preventivas incluem cursos sobre as normas técnicas específicas, legislações e demais aspectos que envolvem a saúde e segurança dos trabalhadores.

A média de horas em que cada profissional da indústria da construção civil recebeu treinamentos preventivos também aumentou, passando de 6,6 para 8 horas (aumento de 21%) no ano passado.

Taxa de acidentes seguem em baixa 

O setor observou redução de acidentes por trabalhador, com uma incidência de 0,02% de ferimentos em alguma parte do corpo.

A Taxa de Frequência (TF), que funciona como uma estimativa de acidentes por milhão de horas trabalhadas, ficou em 10,4, o que é considerado muito bom para o setor.

A Taxa de Gravidade (TG), que indica quantos dias de trabalho foram perdidos por afastamento, incapacidade permanente ou morte para cada 1 milhão de horas de trabalho realizadas em função dos acidentes em um determinado período, ficou em 167,5, o que também é considerado muito bom. Para efeito de comparação: 

  • Até 500 este indicador é considerado muito bom
  • De 500,01 a 1.000, bom
  • De 1.000,01 a 2.000, regular
  • Acima de 2.000, péssimo.

Números indicam bons resultados dos investimentos

Os resultados apresentados na pesquisa demonstram que o setor de incorporação imobiliária e a construção civil está apresentando, ano após ano, bons indicadores na diminuição de acidentes de trabalho.

“Vemos que, a cada ano, esses números são mais positivos, demonstrando que a aplicação desses recursos está dando resultados e o mais importante, preservando vidas. Estes números também refletem a preocupação cada vez maior das incorporadoras com o ESG e com as suas respectivas agendas focadas na proteção dos seus colaboradores, conclui Luiz França, oresidente da ABRAINC.

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