Criada há aproximadamente dez anos, a editora conquistou em dezembro o troféu RankBrasil (Agencia Press South/Getty Images)
Bússola
Publicado em 4 de janeiro de 2022 às 17h20.
Última atualização em 4 de janeiro de 2022 às 17h31.
Por Juan Saavedra*
Quando era criança, a editora Andréia Roma já tinha fascínio pelo papel. “Montava meus livros com recortes de jornais e revistas, enfeitava-os, e aos 7 ou 8 anos idealizei que um dia estaria à frente de uma empresa que produzisse muitos e bons livros”, diz ela.
O sonho de menina ganhou forma com a Leader. Criada há aproximadamente dez anos, a editora conquistou em dezembro o troféu RankBrasil — uma espécie de Guiness brasileiro.
O motivo? Haver criado o primeiro movimento editorial de mulheres, atingindo o maior número de autoras nos livros da Série Mulheres.
“Nesses anos de existência, a Leader teve tantas conquistas que até superaram as minhas expectativas e de pessoas que duvidaram do meu potencial. Desde que me tornei empreendedora, não parei mais de estudar, fiz inúmeros cursos, procurei meu autoconhecimento e entender também as pessoas e suas necessidades”, diz a CEO à coluna.
A Leader tem aproximadamente 5.000 autores publicados. “Nossos livros coletivos são os destaques, mas temos livros autorais, games. Procuramos levar aos leitores o que há de mais atual na área comportamental, corporativa, e sobre diversidade e equidade”, diz ela.
Um dos destaques da Leader é o selo Legado Corporativo. “Os livros de negócios têm uma importância bastante grande no nosso portfólio. A maioria de nossas publicações traz para o mercado editorial a atuação de reconhecidos executivos e executivas”, explica.
“Com a participação desses profissionais de alta performance nossos projetos ganham importância e se tornam referência para aqueles que já estão no mercado ou ainda no início da carreira, transformando-se em verdadeiras mentorias”, completa Andréia.
Um dos lançamentos é MKThinkers — O que o mercado ensina ao Marketing, livro que Andréia coordena ao lado de Vivian de Mattuella, consultora com passagens como executiva de marketing em empresas como Grendene e Grupo RBS.
“O foco foi unir profissionais da área de marketing, que é o que a Leader já faz, nos livros coletivos, com a prática do mercado. Essa ideia pioneira despertou meu interesse em publicar e patrocinar essa obra”, diz ela.
De acordo com Vivian, idealizadora do projeto, foi com sua migração para o papel de consultora, depois de uma sólida carreira em empresas, que ela percebeu não existir no mercado uma publicação de marketing que concentrasse conhecimentos que ela entendesse serem necessários para atuar e decidir com eficiência.
“Existem ótimas obras de conhecimentos específicos. Porém, assim como não adianta uma empresa atuar em apenas parte das ferramentas atuais de marketing, também não adianta o profissional ter apenas parte do conhecimento. A proposta do MKThinkers é oferecer esta visão e conhecimento completos”, ressalta.
Produzido durante a pandemia, o livro traz o que ela considera uma dream list do marketing. São 17 nomes: Ana Couto, Cristina Brand, Carla Mayumi, Analisa Brum, Tiago Ritter, Paulinho Pedó, Gustavo Mini, Raphael Pinho, Beto Sirotsky, Henrique Russowsky, Otávio Ávila, Gustavo Piltcher, Paulo Faulstich, Gabriela Onofre, Gustavo Ioschpe, Pedro Adamy e Roberta Anacleto.
“Muitos dos profissionais são grandes referências no mercado com quem tive o privilégio de trabalhar ao longo da minha carreira”.
Segundo Vivian, o marketing atualmente exige mais de seus profissionais. “O digital empoderou as pessoas que hoje têm voz nas redes sociais e maior busca e oferta de produtos ou serviços. Elas não estão mais restritas às ofertas anteriores. Com o e-commerce, por exemplo, não há fronteiras”, aponta.
A consultora lembra que os públicos têm muito mais acesso a informações sobre as empresas e opiniões de outros clientes e colaboradores. “Isso exige mais proximidade, transparência e um relacionamento verdadeiro entre empresas e pessoas.”
Essas mudanças, segundo ela, impõem um novo modelo de operação do marketing nas empresas. “Uma nova estrutura, uma nova cultura, novos papéis, novos fornecedores e outro modelo de gestão, que permitam agilidade e eficiência”.
Por fim, ela frisa que a relação do marketing com demais departamentos da empresa também muda. “Ele deve deixar de ser executor das demandas recebidas e passar a exercer o papel de 'maestro', aquele que deve orientar a visão da marca e inspirar para que todos ajam na mesma direção. Afinal, a marca não é mais construída apenas pelo marketing. Mas ele deve ser o guardião interno”.
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a EXAME. O texto não reflete necessariamente a opinião da EXAME.
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